Uma magistrada federal dos EUA concluiu que o Google exerce um monopólio no setor de publicidade digital.
A juíza Leonie Brinkema, do Tribunal Distrital do Leste da Virgínia, determinou que a gigante da tecnologia, pertencente à Alphabet, infringiu as leis de concorrência ao assumir controle indevido sobre duas áreas cruciais do ecossistema de anúncios online: a plataforma de gerenciamento de anúncios para editores (Google Ad Manager) e o sistema de leilões de anúncios (Ad Exchange).
Após o veredito, as ações da Alphabet recuaram 3,2%, enquanto os papéis da Trade Desk, empresa concorrente no ramo de tecnologia publicitária, valorizaram quase 8%.
Justiça dos EUA aponta monopólio do Google na publicidade digital
Uma juíza federal dos EUA determinou que o Google mantém um monopólio ilegal no setor de tecnologia publicitária.
Segundo a decisão, a empresa, controlada pela Alphabet, abusou de seu domínio ao integrar, de forma indevida, seu servidor de anúncios (Google Ad Manager) com sua plataforma de leilões publicitários (Ad Exchange), dificultando a concorrência e limitando o acesso de outras empresas ao mercado.
O Departamento de Justiça dos EUA, responsável pela ação, acusa o Google de usar táticas clássicas de monopólio: adquirir rivais, prender clientes no seu ecossistema e impor tarifas elevadas em suas plataformas.
Como consequência da decisão, o tribunal pode forçar a empresa a se desfazer de partes importantes do seu negócio de publicidade, como o próprio Ad Manager.
Além desse processo, o Google também enfrenta outro caso antitruste relacionado ao mercado de buscas online, cujo julgamento está previsto para abril de 2025.
Entre as possíveis consequências estão mudanças profundas nas práticas comerciais da empresa — incluindo a venda do navegador Chrome.
Em resposta, o Google afirma que as acusações se baseiam em práticas antigas e alega que continua trabalhando para tornar seus sistemas mais compatíveis com os de concorrentes.
Ainda assim, o caso marca um ponto de tensão importante para o mercado global de publicidade digital, abrindo espaço para uma reavaliação sobre o papel das big techs na economia.
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