Ibovespa ignora guerra comercial e opera no azul; dólar cai 

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Em meio às tensões renovadas entre China e EUA, o Ibovespa, principal índice do mercado acionário nacional, contrariava o clima global e operava em alta durante o primeiro turno do pregão desta quarta-feira (17).

O índice era sustentado pelo desempenho positivo das ações ligadas a commodities e pela recuperação parcial de bancos. O dólar também recuava frente ao real, refletindo fluxo estrangeiro e maior apetite por risco no mercado local.

Por volta das 13h25 (horário de Brasília) o marcador apresetava uma alta de 1,04%, aos 129.649 pontos.

Já o dólar comercial seguia o sentido contrário do índice, zerando as perdas do início do pregão, ao passo que recuava 0,94%, cotado a R$ 5,81.

Donald Trump voltou a criticar a política monetária dos Estados Unidos nesta quinta-feira, atacando diretamente Jerome Powell. Segundo o ex-presidente, o presidente do Federal Reserve está “sempre atrasado e errado” em suas decisões. Trump citou o corte de juros anunciado pelo Banco Central Europeu (BCE) no mesmo dia como exemplo de uma ação mais eficaz.

Ibovespa é impulsionado por ações ligadas ao petróleo

O avanço do preço do petróleo no mercado internacional impulsionava o índice e os papéis de empresas do setor.

As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) registravam alta de 1,22%, enquanto os ativos da Prio (PRIO3) avançavam 1,89%. A Brava (BRAV3) também acompanhava o movimento positivo, com valorização de 2,76%.

Mesmo diante da queda de 1,6% no preço do minério de ferro na China, a Vale (VALE3) operava em leve alta de 0,29%. Por outro lado, os bancos exerciam pressão negativa sobre o índice: Banco do Brasil (BBAS3) recuava 0,54%, Itaú (ITUB4) caía 0,98%, e Bradesco (BBDC4) apresentava desvalorização de 0,86%.

Já no setor de educação, a Cogna (COGN3) vem sendo destaque absoluto em 2024. Desde o início do ano, as ações da holding acumulam uma impressionante alta de 112,84%, segundo dados do Valor Pro.

Para efeito de comparação, a Embraer — campeã de valorização no Ibovespa em 2023 — teve um ganho de 150,96% no ano passado.

Com esse desempenho, a Cogna lidera o ranking de maiores altas entre os papéis que compõem o Ibovespa neste ano. No acumulado de abril, o avanço é de 11%, enquanto na última semana a alta foi de 3,11%.

Nesta quarta-feira (16), os papéis eram negociados a R$ 2,32 — valor que divide analistas e investidores: há quem veja espaço para subir ainda mais, enquanto outros apostam em uma correção nos próximos pregões.

EUA

Os índices de Wall Street abriram esta quinta-feira sem uma tendência clara, com investidores digerindo balanços corporativos e o ruído político em torno da política monetária dos EUA. Na véspera do feriado, o Dow Jones recuava 1,06%, aos 39.250 pontos, enquanto o S&P 500 avançava 0,54%, alcançando os 5.304 pontos. Já o Nasdaq subia 0,37%, para 16.367 pontos.

As atenções seguem divididas entre os resultados trimestrais das empresas e os desdobramentos da retórica comercial de Donald Trump. Apesar das críticas do ex-presidente ao presidente do Fed, Jerome Powell — com pedidos por cortes nos juros publicados em sua rede social —, os mercados mostraram pouca reação.

Entre os destaques do dia, as ADRs da TSMC subiam 1,6%, após a fabricante de semicondutores, fornecedora da Nvidia e Apple, divulgar projeções de receita acima das expectativas para o segundo trimestre.

Cotação dos índices dos EUA:

Dow Jones: -0,88%

S&P 500: +0,64%

Nasdaq: +0,12%

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