O Pogust Goodhead — o escritório de advocacia que lidera as class actions contra a BHP em Londres e contra a Vale na Holanda — enfrenta uma situação financeira tão complicada quanto suas ações na Justiça. O escritório britânico publicou esta semana seu balanço de 2022 — pela lei inglesa, com um atraso de 18 meses — e seu auditor disse que existe uma “incerteza material que pode lançar uma dúvida significativa sobre a capacidade da empresa de continuar operando.”
As dívidas de curto prazo somavam £ 522 milhões, mais que dobrando em 12 meses.
Além das class actions contra BHP/Vale e contra a Volkswagen, o Pogust Goodhead tem mais de 20 outras ações coletivas, incluindo um processo na Holanda contra a Braskem pelo desastre de Maceió; uma ação na Alemanha contra a TÜV SÜD – que certificou as barragens da Vale em Brumadinho; e um processo no Reino Unido contra a Cutrale, a gigante da citricultura brasileira, por acusação de formação de cartel.
O processo contra a BHP/Vale, envolvendo o rompimento da barragem de Mariana em 2015, é disparado o maior deles. O Pogust Goodhead reuniu mais de 600 mil pessoas afetadas pelo desastre e pediu uma indenização total de £ 36 bilhões. Os honorários do escritório giram em torno de 20% a 30% do valor das causas.
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