Ibovespa cai em meio a cautela com ‘tarifaço’; dólar cai

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O Ibovespa, principal índice da B3, opera em queda durante as primeiras horas do pregão desta quarta-feira (16), refletindo cautela em relação aos novos desdobramentos da guerra comercial. 

Por volta das 13h56 (horário de Brasília) o marcador apresentava uma queda de 0,35%, aos 128.823 pontos.

O dólar comercial seguia o mesmo sentido do índice, zerando todos os ganhos da sessão, ao passo que recuava 0,36%, cotado a R$ 5,86.

O cenário alarmante tem se mostrado mais relevante para o mercado do que os dados de crescimento da China no primeiro trimestre, que superaram as expectativas, com o PIB registrando alta de 5,4%, contra os 5,1% projetados.

O dólar iniciou o dia em leve alta nesta quarta-feira, sendo negociado a R$ 5,90, com uma valorização de 0,22%.

Esse movimento ocorre enquanto o índice DXY, que mede a força do dólar frente a outras moedas principais, registrava queda de 0,5%, aos 99,63 pontos. O peso mexicano, moeda de um mercado emergente, também se depreciava em relação ao dólar.

Em meio a novas tensões comerciais, os EUA anunciaram que as tarifas sobre os produtos chineses podem chegar a 245%, acentuando ainda mais o clima de incerteza que permeia a guerra comercial entre as duas potências. Esse cenário gera apreensão entre os investidores sobre o impacto no crescimento da economia global.

Além disso, ontem, Donald Trump proibiu a exportação de certos chips da Nvidia para a China, uma medida que pode resultar em perdas de até US$ 5,5 bilhões para a empresa.

Ibovespa mantém queda de olho lá fora

O Ibovespa segue em queda nesta quarta-feira (16), com o índice recuando 0,62% e marcando 128.443 pontos por volta do meio-dia. 

A Petrobras, que inicialmente se beneficiava da alta do petróleo no mercado internacional, inverteu a tendência e caiu 0,23%, contribuindo para a desvalorização do índice. 

O setor financeiro também registrou perdas: o Itaú (ITUB4) perdeu 0,27%, enquanto as units do BTG (BPAC11) apresentaram queda de 1,31%.

Rodrigo Moliterno, gerente de renda variável da Veedha Investimentos, aponta que a recente restrição imposta à Nvidia gerou um novo receio global, focando no impacto que essa medida terá a nível corporativo.

Trump ultrapassou a esfera nacional e agora impôs restrições diretamente a uma empresa, o que está criando um ambiente de maior insegurança no mercado, com o risco de intensificação da guerra comercial, aumento da inflação e barreiras ao comércio — explicou Moliterno.

EUA

Nos EUA, as principais bolsas abriram o dia com perdas, influenciadas pela intensificação da retórica de Donald Trump em sua guerra tarifária. A Casa Branca impediu ontem a gigante de chips de inteligência artificial, Nvidia, de vender seu chip H20 à China.

Às 10h45, o Dow Jones recuava 0,82%, a 40.039 pontos, o S&P 500 cedia 1,44%, aos 5.319 pontos, e o Nasdaq, que concentra as ações de tecnologia, perdia 2,25%, atingindo os 16.440 pontos.

As ações da Nvidia enfrentavam uma queda de 6,07%, negociando a US$ 105,39, reagindo às novas restrições impostas pelo governo dos EUA.

A empresa estimou que essa decisão pode resultar em um impacto negativo de até US$ 5,5 bilhões em seus resultados. Além da proibição, analistas indicam que os números mais fracos nos pedidos da ASML também adicionaram mais incerteza às perspectivas da companhia.

Cotação dos índices dos EUA:

Dow Jones: -0,66%

S&P 500: -1,32%

Nasdaq: -2,18%

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