
Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase & Co, realizou recentemente uma grande venda de ações, movimentando US$31,5 milhões.
O executivo, que lidera o maior banco dos Estados Unidos há 19 anos, começa a preparar o terreno para uma sucessão.
A medida vem acompanhada de alertas sobre a economia e reforça sinais de mudança no topo da instituição financeira.
Jamie Dimon inicia movimentações para transição de liderança
De acordo com documento enviado à SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos), 133.639 ações foram vendidas por Dimon.
Essa movimentação marca a segunda vez que o CEO opta por se desfazer de parte de sua participação na empresa. Em 2023, ele já havia iniciado esse processo — algo inédito desde que assumiu o cargo em 2005.
A venda ocorre em um momento de transição para o banco.
O conselho de administração do JPMorgan destacou que a sucessão está entre as maiores prioridades da companhia neste momento.
O próprio Dimon afirmou que garantir uma transição sólida é a tarefa mais importante de sua carreira atualmente.
Banco se fortalece, mas eleva provisões e vê riscos
Mesmo com a venda de ações, o desempenho financeiro do JPMorgan segue robusto.
No primeiro trimestre de 2025, o banco reportou lucro líquido de US$14,6 bilhões, o que representa um crescimento de 9% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Grande parte desse resultado foi atribuída ao aumento das receitas com operações de trading e assessoria em fusões e aquisições.
No entanto, o banco decidiu elevar suas provisões para perdas com crédito, demonstrando prudência em meio ao cenário econômico volátil.
Jamie Dimon alerta para cenário econômico turbulento
A cautela do banco se explica. Em comunicado recente, Jamie Dimon chamou atenção para o risco de recessão.
Segundo ele, o ambiente global se tornou mais incerto devido às tensões geopolíticas e à política tarifária implementada pelo governo Trump.
“Os clientes estão agindo com mais cautela, reagindo à volatilidade dos mercados e aos desafios econômicos em escala global”, declarou o executivo.
Dimon também teve sua remuneração aumentada em 2024, totalizando US$ 39 milhões — alta de 8,3% em relação ao ano anterior.
Mesmo assim, a venda de ações e o discurso de transição reforçam que uma nova era pode estar prestes a começar no JPMorgan.
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