Ibovespa abre no azul após Trump mais ‘domável’ nas tarifas; dólar cai

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O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, a B3, abriu o primeiro pregão da semana no positivo, demonstrando momento de respiro, em meio à guerra comercial estabelecida pelo presidente republicano dos EUA, Donald Trump.

Por volta das 10h15 (horário de Brasília) o marcador apresentava um leve salto de 0,39%, aos 128.180 pontos.

Já o dólar comercial, diferent do índice, não inciava o pregão desta segudna-feira (14) uma forma favorável, ao passo que recuava 0,44%, cotado a R$ 5,84.

Nesta segunda-feira (14), o dólar opera em queda frente ao real, acompanhando a fraqueza global da moeda americana e a baixa nos rendimentos dos Treasuries.

O movimento acontece em um contexto de maior apetite por risco nos mercados, impulsionado pela forte alta das bolsas internacionais.

O otimismo dos investidores é alimentado por uma decisão inesperada do presidente dos EUA, Donald Trump, que optou por recuar e retirar as tarifas “recíprocas” sobre a importação de smartphones e outros produtos eletrônicos.

A medida favorece, em especial, a China, e ajuda a aliviar as tensões comerciais, o que estimula a busca por ativos de países emergentes — como o Brasil.

Mercado reage a sinais do Fed e trégua tarifária de Trump

A semana começa com os mercados globais atentos a uma série de acontecimentos relevantes nesta segunda-feira (14).

No Brasil, o foco se volta às projeções econômicas atualizadas do Boletim Focus, enquanto nos EUA as atenções se dividem entre os discursos de dirigentes do Federal Reserve, que podem oferecer pistas sobre os próximos passos da política monetária.

No cenário internacional, os desdobramentos da política comercial de Donald Trump seguem em evidência.

No mais recente capítulo de sua agenda tarifária, o presidente norte-americano anunciou, durante o fim de semana, a suspensão de tarifas sobre smartphones, computadores e outros eletrônicos — uma medida que surpreendeu e agradou os mercados.

A decisão foi interpretada como um sinal de maior flexibilidade por parte de Trump, o que contribuiu para aliviar tensões no comércio global e impulsionar o sentimento positivo nas bolsas asiáticas.

Os principais índices da região reagiram com fortes altas: o Nikkei 225, do Japão, subiu 1,18%, encerrando aos 33.982,36 pontos, enquanto o Kospi, da Coreia do Sul, avançou 0,95%, aos 2.455,89 pontos.

Em Hong Kong, o Hang Seng saltou 2,40%, fechando em 21.417,40 pontos, e na China continental o índice Xangai Composto registrou alta de 0,76%, encerrando o dia aos 3.262,80 pontos.

EUA

Os índices futuros das bolsas americanas avançam nesta segunda-feira (14), refletindo a leitura dos investidores sobre os desdobramentos mais recentes da política comercial dos Estados Unidos. O presidente Donald Trump surpreendeu ao anunciar a exclusão de smartphones, computadores, semicondutores e outros equipamentos eletrônicos das novas tarifas “recíprocas”, conforme informou a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA na noite de sexta-feira.

Apesar do alívio inicial nos mercados, a sinalização vinda da Casa Branca no fim de semana adicionou um tom de incerteza. Tanto Trump quanto o secretário de Comércio, Howard Lutnick, afirmaram no domingo que as isenções não são definitivas, o que reacendeu dúvidas sobre a real duração do alívio tarifário.

Em publicação na rede Truth Social, Trump acrescentou que os produtos isentos continuam “sujeitos às tarifas de 20% sobre o fentanil existentes”, e que apenas foram realocados para um novo “grupo” tarifário — o que pode indicar uma mudança mais simbólica do que efetiva na estrutura das tarifas.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: +1,56%

S&P 500 Futuro: +1,81%

Nasdaq Futuro: +2,06%

Agenda do dia

  • Indicadores
  • ▪️ 08h25 – BC: Boletim Focus
  • ▪️ 12h00 – EUA/Fed/NY: Expectativas de inflação (março)
  • ▪️ 15h00 – Mdic: Balança comercial semanal
  • ▪️ Opep divulga relatório mensal sobre mercado de petróleo

Eventos

▪️ 09h30 – BC: Diogo Guillen e Nilton David têm reunião trimestral com economistas

▪️ 13h00 – Thomas Barkin (Fed/Richmond) discursa em evento

▪️ 14h00 – Christopher Waller, diretor do Fed, discursa

▪️ 19h00 – Patrick Harker (Fed/Filadélfia) discursa

▪️ 20h40 – Raphael Bostic (Fed/Atlanta) discursa

Balanços

▪️ NY/ Antes da abertura: Goldman Sachs

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