
O mercado de criptoativos voltou a registrar movimentações relevantes após mudanças no cenário internacional. De acordo com Guilherme Prado, country manager da Bitget, o Bitcoin “ganhou fôlego no curto prazo, impulsionado por um cenário macroeconômico mais favorável e pela expectativa de maior liquidez no mercado”.
De acordo com ele, a recente decisão dos Estados Unidos de isentar produtos de tecnologia de tarifas recíprocas diminuiu os temores inflacionários e estimulou a procura por ativos de risco, como ações e criptoativos.
Prado destaca que o rompimento da tendência de baixa, que persistia há três meses, ocorreu na faixa dos US$ 84.900. “Esse rompimento é um sinal importante para o BTC”, explica. O movimento coincide com uma maior presença institucional no mercado, evidenciada pelas saídas de Bitcoin das exchanges e o aumento da acumulação via ETFs.
Para o analista, esses sinais sugerem que “os grandes players estão voltando ao mercado”, o que reforça a leitura de uma possível retomada da tendência de alta.
Bitcoin opera em zona de liquidações com alto risco de volatilidade
Apesar da recuperação, o ativo digital ainda apresenta instabilidade. “O BTC flutua atualmente em torno de US$ 84.400, uma zona considerada de potencial liquidação”, diz Prado.
Caso o preço recue para US$ 83.700, estima-se que mais de US$ 500 milhões em posições longas possam ser liquidadas. Por outro lado, uma valorização até US$ 85.100 pode pressionar posições vendidas, gerando liquidações superiores a US$ 270 milhões.
Outro ponto observado por Prado envolve o alerta recente do JPMorgan, que aponta uma possível intervenção do Federal Reserve em resposta à instabilidade no mercado de Treasuries. Para o executivo, essa possibilidade “pode reforçar a tese do BTC como ativo alternativo em tempos de incerteza monetária”.
Em suma, a correlação entre crises de confiança na política monetária e o apelo do Bitcoin como reserva alternativa volta ao radar. Isso porque, os investidores buscam diversificação e proteção diante de movimentos de alta volatilidade nos mercados tradicionais.
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