Pelo menos duas dezenas de pessoas perderam a vida e vários corpos foram encontrados após um ataque russo atingir a cidade de Sumy, localizada no nordeste da Ucrânia. O ataque ocorreu poucos dias depois de uma reunião entre o enviado norte-americano Steve Witkoff e o presidente russo Vladimir Putin, cujo objetivo era discutir “o fim da guerra”.
Segundo informações publicadas pela administração regional no Telegram, dois mísseis atingiram o centro da cidade durante a manhã do Domingo de Ramos.
O Ministério de Emergências da Ucrânia confirmou que “pelo menos 32 pessoas foram mortas, incluindo duas crianças, e mais de 80 morreram” — um dos episódios mais letais dos últimos meses.
De acordo com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, os ataques aconteceram enquanto muitas pessoas se deslocavam de carro, a pé e em transporte público.
Já Andriy Yermak, assessor-chefe da presidência, afirmou que “pelo menos um dos mísseis estava equipado com munições de fragmentação para maximizar as baixas”, o que indica uma intenção clara de causar o maior número possível de vítimas civis.
O ataque mais letal da Rússia em 2025 até o momento foi executado com mísseis lançados a partir das regiões russas de Kursk e Voronezh, segundo afirmou Kyrylo Budanov, chefe da inteligência militar ucraniana, por meio de uma publicação no Telegram.
De acordo com ele, os projéteis utilizados seriam mísseis balísticos de curto alcance do tipo Iskander-M/KN-23, fornecidos pela Coreia do Norte e, desde o fim de 2023, supostamente sob controle direto da Rússia.
Um ataque no coração da Semana Santa
A ofensiva aconteceu justamente quando os cristãos celebravam o início da Semana Santa e atingiu uma cidade ucraniana que, antes da guerra, contava com uma população de cerca de 275 mil pessoas.
Em resposta ao massacre, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky publicou um apelo internacional: “O mundo deve responder firmemente. Os Estados Unidos, a Europa, todos no mundo que querem que esta guerra e essas mortes acabem”, escreveu nas redes sociais. “A Rússia quer exatamente esse tipo de terror e está prolongando essa guerra.”
O episódio trágico também coincidiu com um momento de maior pressão diplomática por parte dos EUA.
O presidente Donald Trump, que tenta intermediar um cessar-fogo na invasão russa, afirmou em sua rede social na sexta-feira que “a Rússia precisa se mexer” e expressou pesar pelas vítimas da guerra, agora em seu quarto ano.
No mesmo dia, Steve Witkoff — figura central nos esforços diplomáticos liderados por Trump — viajou a São Petersburgo para sua terceira reunião com Vladimir Putin.
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