
Continuando com os nossos artigos especiais contemplando a história do iPhone, após passarmos pelo design, pela tela e posteriormente pelas câmeras dos aparelhos, chegou a hora de falarmos sobre o que tem dentro da carcaça: processador, desempenho, bateria e outros avanços.
Sem mais delongas — afinal, o artigo precisou ser dividido em vários por conta do tamanho —, vamos ao que interessa! Obviamente, sugiro a leitura dos primeiro e segundo artigos antes de continuar aqui (caso você não tenha lido), para que tudo faça mais sentido.
O que mudou em 17 anos de iPhone? Parte 1: design e tela
O que mudou em 17 anos de iPhone? Parte 2: câmeras
Processador e desempenho
Vamos observar, agora, como evoluiu um aspecto que é menos fisicamente visível, mas que tem uma função crucial nos iPhones: o processador e o desempenho dos aparelhos de forma geral.
Em 2020, a Apple afirmou que a performance de CPU 1 dos iPhones havia aumentado 100x em 10 gerações do dispositivo, demonstrando uma sensível evolução.
O modelo original e os dois seguintes, como já comentamos em um texto sobre os chips criados pela Apple, não contavam com processadores feitos pela própria Maçã. O primeiro iPhone tinha um chip baseado no ARM 11, com meros 412MHz. A App Store sequer existia nessa época, tampouco a infinidade de processos que hoje rodam de forma simultânea nos iPhones, exigindo mais processamento. Eram tempos mais calmos…

Com o iPhone 3G, o mesmo chip foi mantido, com 128MB de RAM 2 e a GPU 3 PowerVR MBX. O 3GS, por sua vez, ganhou um upgrade sensível (para a época), para um Cortex A8 com clock de 600MHz, 256GB de RAM e GPU PowerVR SGX535.
Foi apenas com o iPhone 4 que a Apple estreou os seus chips de fabricação própria em seus smartphones. O A4, fabricado em um processo de incríveis 45 nanômetros, também é baseado em um Cortex A8, mas com um clock de 1GHz, além de uma GPU PowerVR SGX535. Que avanço, hein?!

Além de um melhor desempenho, o processador trouxe uma melhor eficiência energética, algo que se mostrou essencial em se tratando de smartphones. A melhora foi sensível em relação ao iPhone 3GS na época, embora os iPhones ainda fossem enfrentar problemas de bateria por algum tempo, como relembraremos mais à frente.
Já com o iPhone 4s, o processador A5 trouxe uma novidade interessante: ele foi o primeiro com dois núcleos a ser usado em um iPhone, com a promessa de desempenho em dobro em relação ao antecessor. Ele também tinha 45nm, mas com clock de 1Ghz. A RAM, contudo, manteve-se em 512MB, embora na época as demandas de multitarefa não fossem em nada parecidas com as de hoje.

O iPhone 5, por sua vez, assim como o modelo 5c, ganhou o processador A6, feito em um processo de 32nm e com uma promessa do dobro do desempenho em relação à geração anterior. Também dual-core e baseado no ARM v7, o chip tinha clock de 1,3GHz, com uma GPU PowerVR SGX 543MP3, com três núcleos. Houve, ainda, um upgrade na RAM, que chegou a 1GB, em um momento em que a App Store já tinha um bom número de aplicativos.

Com o 5s, tivemos uma revolução nos chips dos iPhones: o A7 ganhou uma arquitetura de 64 bits, representando avanços em matéria de velocidade e capacidade computacional, bem como exigindo que os desenvolvedores adaptassem os seus aplicativos à tecnologia.

Apesar do grande avanço em termos de arquitetura, as especificações do chip não avançaram tanto em relação ao seu antecessor: tivemos o mesmo clock de 1,3GHz, embora o processador fosse feito em um processo de 28nm, contra 32nm do A6, e baseado no ARM v8. A GPU passou para uma PowerVR G6430, de quatro núcleos.
O modelo também ganhou um coprocessador, o M7. Ele era responsável por monitorar e registrar dados de sensores do iPhone como o acelerômetro, o giroscópio e a bússola, permitindo também o uso das informações por aplicativos. Assim, os sensores ficaram mais efetivos e úteis, sem prejudicar a autonomia da bateria.
Já no iPhone 6, com o processador A8, houve uma ligeira evolução: o chip continuou com dois núcleos e baseado no ARM v8, mas ganhou um clock de 1,4GHz e um processo de 20nm. A GPU, por sua vez, era uma PowerVR GX6450, também com quatro núcleos. O 1GB de RAM foi igualmente mantido nessa geração.
Com o iPhone 6s — e, posteriormente, o iPhone SE (1º geração) —, o upgrade foi bastante sensível. Segundo a Apple, o chip A9, em relação ao A8, tinha uma performance de CPU até 70% melhor e até 90% melhor em matéria de GPU. Em termos de especificações, temos um processador feito em um processo de 14nm, com dois núcleos de 1,84GHz e uma GPU PowerVR GT7600, agora com seis núcleos.

O chip A10 Fusion — o primeiro com esses predicativos que passariam a compor os nomes dos processadores dos aparelhos, pois a AMD já detinha a marca A10 —, dos iPhones 7 e 7 Plus, trouxe ainda mais avanços, sendo mais poderoso do que MacBooks da época! Além de ter sido feito em um processo de 16nm, ele foi o primeiro SoC 4 da Apple com quatro núcleos.
E os núcleos tinham um clock de 2,34GHz, sendo dois de alta potência e outros dois um pouco menos potentes, com foco em eficiência energética. Essa arquitetura de usar núcleos mais econômicos para a maioria das tarefas e só acionar outros mais potentes caso necessário, de modo a economizar bateria, se tornou o padrão da indústria.
A GPU era uma PowerVR Series7XT, também com seis núcleos. Na RAM, tivemos o início de uma distinção que, de certa forma, existe até hoje entre modelos de uma mesma linha: enquanto o iPhone 7 tinha 2GB, o 7 Plus tinha 3GB, diferença justificada por demandas do modelo maior, como o Modo Retrato, que o menor não tinha.

Os iPhones 8, 8 Plus e X, por sua vez, trouxeram o chip A11 Bionic, que foi além dos quatro núcleos do A10 Fusion, chegando a seis! Com um clock de 2,39GHz e fabricado em um processo de 10nm, o chip também tinha dois núcleos de maior desempenho e quatro outros focados em eficiência energética, 70% e 25% mais rápidos que os do A10 Fusion, respectivamente.
Foi, ainda, com o A11 Bionic que o Neural Engine passou a ser adotado, com capacidade de realizar 600 bilhões de operações por segundo. A diferença na RAM continuou, com 2GB no iPhone 8 e 3GB no 8 Plus e no X. A GPU foi, pela primeira vez, projetada pela Apple, com três núcleos e promessa de desempenho 30% superior.

Na linha seguinte, os iPhones XS, XS Max e XR ganharam o chip A12 Bionic, fabricado em um processo de 7nm. Ele tinha seis núcleos, sendo dois de desempenho com um clock de 2,5GHz e quatro de 1,6GHz, enquanto a GPU passou para quatro núcleos. O Neural Engine tornou-se capaz de realizar até 5 trilhões operações por segundo! A RAM, nos modelos XS, foi para 4GB, enquanto o XR continuou com os 3GB da geração anterior.

O A13 Bionic, da linha 11 e do SE de 2ª geração, trouxe novidades importantes tanto em termos de performance quanto de eficiência energética. O chip era feito em um processo de 7nm, com um clock de 2,65GHz nos núcleos de desempenho e 1,8GHz nos de eficiência energética, e com os mesmos quatro núcleos na GPU e 4GB de memória nos três modelos. Houve, ainda, avanços no Neural Engine e em tarefas de inteligência artificial e aprendizagem de máquina.

Com o A14 Bionic, tivemos mais algumas evoluções. Ele foi fabricado em um processo de 5nm, com clocks de 3,1GHz nos dois núcleos de desempenho e 1,8GHz nos quatro de eficiência energética. A GPU manteve-se com quatro núcleos, enquanto a RAM dos modelos Pro foi para 6GB, mantendo-se em 4GB nos outros dois.

Já no A15 Bionic, dos iPhones 13 e do SE de 3ª geração, também feito em um processo de 5nm, o clock foi para 3,23GHz e 1,82GHz nos núcleos de desempenho e eficiência, respectivamente. A GPU, nos modelos Pro, ganhou mais um núcleo e 25% mais poder gráfico, e manteve-se a diferença na RAM em relação aos modelos de entrada.
Com a linha do iPhone 14, a Apple iniciou uma nova prática em termos de processadores: enquanto os modelos de entrada ganharam o chip do modelo Pro anterior, apenas os aparelhos mais avançados do ano foram equipados com um novo processador.
Assim, os iPhone 14 e 14 Plus tiveram também o chip A15 Bionic, com o núcleo a mais na GPU e os 6GB de RAM dos 13 Pro e 13 Pro Max. Já os 14 Pro e 14 Pro Max ganharam o A16 Bionic. Ele é feito em um processo de 4nm, com os mesmos seis núcleos, agora com um clock de 3,46GHz (usando 20% a menos de energia) e 2,02GHz; a GPU tem cinco núcleos, com largura de banda de memória 50% maior.
Também tivemos melhorias em termos de Neural Engine, que chegou a 16 núcleos, com capacidade de realizar até 17 trilhões de operações por segundo, além de melhorias na autonomia na bateria. O mesmo A16 Bionic está nos iPhones 15 e 15 Plus, com 6GB de RAM.

Com os iPhones 15 Pro e 15 Pro Max, foi lançado o A17 Pro. Além de contar com mais criatividade na nomenclatura, o chip é feito em um processo de 3nm, com clocks ainda maiores de 3,78GHz nos núcleos de desempenhos (10% mais rápidos que os anteriores) e 2,11GHz nos de eficiência (3x mais rápidos).
Temos também 8GB de memória, GPU de seis núcleos, suporte a traçado de raios (ray tracing) acelerado por hardware e ganhos gráficos na casa dos 20%, abrindo espaço para os chamados jogos AAA. O Neural Engine ficou 2x mais rápido, podendo processar 35 trilhões de operações por segundo, além de haver suporte ao MetalFX Upscaling, ao codec ProRes para vídeo e um decodificador AV1 dedicado.

Por fim, na linha do iPhone 16, a Apple mudou um pouco a sistemática dos processadores dos aparelhos. Enquanto os de entrada ganharam o chip A18, os modelos topos-de-linha são equipados com o A18 Pro. Assim, manteve-se a diferenciação, embora sem a imagem de utilizar um processador do ano anterior em um novo dispositivo.
O chip A18, assim como o A17 Pro, é feito em um processo de 3nm. Os seus dois núcleos de eficiência têm um clock de 4,04GHz, enquanto os outros quatro têm 2,2GHz, e a GPU manteve-se em cinco núcleos, agora com suporte a jogos AAA, assim como o A17 Pro. Nesta geração, todos os aparelhos — incluindo os mais baratos — têm 8GB, de modo a viabilizar o uso da Apple Intelligence.
Já o A18 Pro — que equipa os iPhones 16 Pro e 16 Pro Max — também é fabricado em um processo de 3nm, mas com clocks um pouco maiores, de 4,05GHz e 2,42GHz. O principal diferencial fica pela GPU, que tem um núcleo a mais, sendo 15% mais rápida — aprofundando capacidades para jogos e atividades que demandam processamento gráfico.
O chip é feito para a Apple Intelligence, com um Neural Engine de 16 núcleos e largura de banda 17% maior, bem como com capacidade de processar gráficos em ray tracing 2x mais rápido.

De geração para geração, temos sempre melhorias menos visíveis, de arquitetura, eficiência energética e até de velocidade e qualidade de forma geral. Destacamos aqui as mudanças mais notáveis entre os diferentes processadores dos iPhones, de modo a observar a evolução ao longo dos anos.
Bateria
Hoje em dia algo menos crítico, as baterias dos iPhones já foram motivo de preocupação e até de chacota nas primeiras gerações dos aparelhos, devido às suas capacidades aquém das de concorrentes. As autonomias eram, especialmente conforme o iOS foi ganhando mais recursos e aplicativos, muitas vezes insuficientes para chegar até o fim do dia com o mínimo de carga necessária.
A bateria do modelo original tinha apenas 1.400mAh de capacidade, com a promessa de 7 horas de reprodução de vídeo, 6 horas de uso de internet e 24 horas de reprodução de áudio. Comparando aos números de hoje, a capacidade não era tão grande, mas se tratava de uma época bastante diferente para os smartphones, que não tinham tantas funções como atualmente. Demorou algum tempo, porém, para que a capacidade nominal das baterias dos iPhones saísse desse patamar.
O iPhone 3G, apesar de contar com a tecnologia de conectividade mais avançada, ganhou uma bateria com capacidade menor: 1.220mAh. A Apple, porém, prometia 5 horas de conversação em 3G e 12 horas em 2G; 10 horas de reprodução de vídeo; já em navegação de internet, 5 horas em 3G e 9 horas em Wi-Fi.
O 3GS retornou à capacidade de 1.400mAh do modelo original, mas com as mesmas promessas de duração do modelo 3G.
Com o iPhone 4, a capacidade manteve-se praticamente a mesma, em 1.420mAh. As promessas de duração, porém, passaram para 7 horas de conversação em 3G e 14 horas em 2G, além de 6 horas de uso da internet em 3G e 10 horas em Wi-Fi. Aumentou também o tempo máximo de reprodução de áudio, de 30 horas para 40 horas. Esses tempos divulgados pela Apple são apenas referências, mas ajudam a entender a evolução da autonomia.

No 4s não houve grandes mudanças. A capacidade foi para 1.432mAh, enquanto as a promessa de tempo de conversação em 3G foram para 8 horas, enquanto a em 2G continuou em 14 horas. A autonomia no uso da internet, porém, caiu para 9 horas em Wi-Fi, embora tenha ficado a mesma em 3G (6 horas). Também houve uma queda no tempo em espera (standby), de 300 horas do iPhone 4 para 200 horas do 4s.
Em relação ao iPhone 5, tivemos uma capacidade de 1.440mAh. A autonomia prometida para conversação em 3G é de 8 horas, mesmo tempo de navegação na internet em 3G. O tempo em espera foi para 225 horas, enquanto o de navegação continuou em 10 horas, assim como o de reprodução de vídeo.

O 5s, por sua vez, tinha uma bateria com capacidade de 1.540mAh. A promessa de autonomia tanto de tempo de conversação em 3G quanto de uso da internet em 3G e em Wi-Fi e de reprodução de vídeo era de 10 horas — aumentos sensíveis. Já a de tempo em repouso era de 10 dias — ou 250 horas, um tímido aumento.
Com o iPhone 6, a bateria aumentou junto à tela, chegando à capacidade de 1.810mAh. O tempo de conversação em 3G passou para 14 horas, enquanto o uso de internet em Wi-Fi foi para 11 horas, mantendo-se em 10 horas em 3G/4G. O tempo de reprodução de vídeo subiu para 11 horas e, em áudio, para 50 horas.
Já o modelo 6 Plus, com a sua inédita bateria de 2.915mAh, oferecia 24 horas de conversação em 3G e até 12 horas de navegação em 3G/4G e Wi-Fi. Já o tempo de reprodução de vídeo era de 14 horas; o de áudio, 80 horas, com 16 dias de tempo em espera.

Com o 6s, apesar da capacidade nominal menor (1.715mAh), as promessas de autonomia são as mesmas do 6. O 6s Plus também teve a capacidade diminuída (para 2.750mAh), mas os números mantiveram-se os mesmos.
O iPhone 7 recebeu uma melhoria substancial em termos de capacidade de bateria, passando para 1.960mAh. Isso se refletiu em uma promessa geral de 2 horas a mais de autonomia, sendo 14 horas de navegação em Wi-Fi e conversação, 12 horas em 3G/4G, 13 horas de reprodução de vídeo com fones sem fio e 40 horas de áudio. De resto, os números são os mesmos do 6s.

O modelo Plus, com os seus 2.900mAh, ganhou um aumento médio de 1 hora na autonomia prometida. O tempo de conversação foi para 21 horas, 13 horas de navegação em 3G/4G e 15 horas em Wi-Fi, além de 14 horas de reprodução de vídeo, 60 horas de áudio e números restantes iguais aos do antecessor.

Os iPhones 8/8 Plus ganharam capacidades nominais menores (1.821mAh e 2.691mAh), mas a promessa de duração ficou no mesmo nível que a dos modelos anteriores. O modelo menor tinha uma autonomia de uso de internet de 12 horas, enquanto o maior tem uma duração prometida de 13 horas nesse aspecto, sem diferenciação entre 3G/4G e Wi-Fi.
O iPhone X, por sua vez, tem uma bateria com capacidade de 2.716mAh. O aparelho tinha autonomia prometida de 21 horas de tempo de conversação, 12 horas de uso de internet, 13 horas de reprodução de vídeo e 60 horas de áudio.

Duas novidades interessantes das linhas 8/8 Plus e X foram o carregamento rápido e sem fio. O primeiro recarregava 50% da bateria em 30 minutos, enquanto o segundo funcionava com o padrão Qi a potência de até 7,5W. Posteriormente, os recursos foram sendo aprimorados, inclusive com a adoção do MagSafe na linha do iPhone 12.

Já o iPhone XS, com bateria de 2.658mAh, tinha, segundo a Apple, 30 minutos a mais de duração que o X, com 20 horas de tempo de conversação, 14 horas de navegação e de reprodução de vídeo, e os números restantes iguais aos do X. Já o Xs Max, com 3.174mAh, tinha 1,5 hora a mais de duração do que o X, incluindo 25 horas de conversação, 13 horas de navegação na internet, 15 horas de reprodução de vídeo e 65 horas de áudio.
O XR, que tinha uma bateria de 2.942mAh, contava com uma autonomia prometida melhor que ambos os aparelhos mais avançados da sua linha. Eram 25 horas de conversação, 15 horas de navegação na internet, 16 horas de de reprodução de vídeo e 65 horas de áudio.

Com a linha do iPhone 11, pode-se dizer que houve a virada de chave definitiva em termos de autonomia de bateria dos smartphones da Apple. Todos os aparelhos da linha, a partir de então (com exceção dos modelos mini, que apareceriam depois) contaram com baterias que têm durações bastante razoáveis para a maioria dos usuários, sem problemas de autonomias aquém do esperado.
As capacidades era de 3.110mAh no 11, 3.046mAh no 11 Pro e 3.969mAh no 11 Pro Max, com promessa de duração 1 hora maior em relação ao XR, 4 horas a mais que o XS e 5 horas a mais que o XS Max, respectivamente. Eram 17 horas de reprodução e 11 horas de streaming de vídeo no 11; 18/11 horas no 11 Pro; e 20/12 horas no 11 Pro Max, além de 80 horas de áudio. As baterias também eram feitas em formato de “L”.

Na linha seguinte, as capacidades eram de 2.227mAh no iPhone 12 mini, 2.815mAh no 12 e no 12 Pro, e 3.687mAh no 12 Pro Max. Os tempos prometidos de duração de reprodução de vídeo eram de 15 horas, 17 horas, 17 horas e 20 horas, respectivamente — mantendo, de forma geral, os números da geração anterior.
Na linha 13, os aparelhos receberam um upgrade muito sensível em termos de bateria. Enquanto as capacidades eram de 2.438mAh no 13 mini, 3.240mAh no 13, 3.095mAh no 13 Pro e 4.352mAh no 13 Pro Max, as promessas de duração eram de 17 horas, 19 horas, 22 horas e 28 horas para reprodução de vídeo, respectivamente.

O iPhone 14, por sua vez, tem capacidade de 3.279mAh e 20h de autonomia prometida de reprodução de vídeo, enquanto o iPhone 14 Plus, com bateria de 4.323mAh, tem autonomia de 26h. Para o iPhone 14 Pro (com 3.200mAh), a promessa é de até 23h; para o 14 Pro Max (com 4.323mAh), até 29h.

Já o 15 e o 15 Plus, que têm capacidades de 3.349mAh e de 4.383mAh, continuaram com os mesmos números de autonomia dos modelos anteriores correspondentes. O 15 Pro tinha 3.274mAh, com as mesmas 23 horas prometidas do 14 Pro; o 15 Pro Max, 4.441mAh, também sem mudanças nas 29 horas de autonomia de vídeo.
Por fim, o iPhone 16 trouxe uma capacidade de bateria de 3.561mAh, com uma autonomia prometida um pouco maior, de 22 horas; o 16 Plus (com 4.674mAh) chegou a 27 horas de autonomia prometida em termos de reprodução de vídeo. O 16 Pro, por sua vez, é equipado com um bateria revestida em aço de 3.582mAh, com autonomia de até 27 horas; e o 16 Pro Max (4.685mAh), com até 33 horas de autonomia. Os aparelhos também ganharam carregamento rápido de 45W.

Na prática, a autonomia da bateria de um iPhone — assim como a de qualquer aparelho eletrônico — depende de muitas variáveis, incluindo número de processos rodando ao mesmo tempo, intensidade do uso, desgaste do componente e otimização do dispositivo. Assim, as comparações feitas não demonstram totalmente a experiência de uso em termos de bateria dos iPhones, mas servem para observar a evolução desse aspecto da linha.
Outros avanços
Além dessas características principais, podemos destacar alguns outros avanços que foram importantes para melhorar a usabilidade dos iPhones e que hoje em dia muitas vezes sequer lembramos que não estavam em modelos anteriores. Um deles é o som estéreo, que foi implementado com o iPhone 7 e, desde então, melhorado ao longo das gerações.
Até o iPhone 6s, a única saída de som em alto volume, sem ser apenas para ligações, era a da parte debaixo. Na época, a Apple sofria críticas por isso, uma vez que concorrentes já ofereciam smartphones com capacidades de reprodução de áudio melhores. Desde o modelo 7, porém, os iPhones têm o áudio estéreo com a mesma engenharia, combinando a tradicional saída na parte debaixo e a que também é usada para ligações, acima do display.

Uma adição muito marcante dos iPhones foi a das tecnologias de biometria. Tanto o Touch ID, no iPhone 5s, quanto o Face ID, no modelo X, mudaram e facilitaram muito a experiência de uso, além de terem deixado os aparelhos mais seguros, permitindo não apenas o desbloqueio, como a autenticação, preenchimento de senhas e outros recursos. Ambas as tecnologias foram bastante copiadas por outras fabricantes posteriormente, principalmente a primeira.

Uma adição não tão visível ou aparentemente impactante, mas significativa, foi a do giroscópio no iPhone 4, assim como de sensores a exemplo do acelerômetro, barômetro e bússola e do coprocessador, que reuniu os sensores de movimento. Esses componentes são importantes para dar ao aparelho várias capacidades usadas por aplicativos, como de exercícios e detecção de acidentes.
Também podemos destacar a adoção do 4G no iPhone 5 e do 5G no iPhone 12, mudanças que acompanharam o avanço das telecomunicações. Elas trouxeram melhorias muito sensíveis, especialmente a primeira, em termos de velocidade de redes móveis, assim como as diferentes versões do Bluetooth e do Wi-Fi o fizeram com as respectivas tecnologias.

Não se pode esquecer das mudanças nas entradas dos iPhones. Inicialmente, tínhamos o conector de 30 pinos, que perdurou até o modelo 4s.

Então, ele foi substituído pelo Lightning, que ficou do iPhone 5 até a linha 14. Ele trouxe novidades como o tamanho menor, maior velocidade e o fato de ser reversível.

Recentemente, após pressões e uma lei aprovada na União Europeia exigindo conector universal em eletrônicos, o iPhone 15 ganhou o USB-C, compatível com qualquer cabo que use a tecnologia. A adoção da porta permitiu a compatibilidade com a gravação de vídeos em discos externos, transferência mais rápida de arquivos (até 20x maior, no caso dos modelos Pro) e carregamento de outros dispositivos com o iPhone, além de funcionar com cabos que também podem ser usados em outros aparelhos, inclusive MacBooks.

Outra mudança marcante e que influenciou bastante o mercado de smartphones foi a retirada do saída de áudio de 3,5mm, no iPhone 7. Na época — que coincidiu com o lançamento dos AirPods, os quais igualmente influenciaram o mercado —, a decisão revoltou muitos usuários, com o lançamento de EarPods com conector Lightning.

Com o tempo, porém, a Samsung, entre outras marcas, seguiram a Apple e retiraram a saída de fones de ouvido dos seus smartphones — e lançaram fones de ouvido “totalmente” sem fio. O último iPhone com a saída de áudio foi o iPhone SE de 1ª geração, lançado no início de 2016, meses após os iPhones 6s e 6s Plus.

Outras adições interessantes foram o eSIM nos iPhones XS e XR, que permitiram o uso de dois SIMs simultaneamente, assim como a remoção da bandeja física de chips no iPhone 14 nos Estados Unidos. O falecido 3D Touch e o Taptic Engine também merecem destaque, especialmente o segundo, que foi progressivamente sendo explorado no sistema e por apps, com muitas ações que geram feedback tátil.

Também foram inovações o chip de banda ultralarga (U1) e o seu sucessor, que permitiram a adoção de recursos mais avançados no Buscar (Find My). Ainda, o SOS de Emergência via satélite e a detecção de acidentes, lançados com o iPhone 14 Pro, são recursos importantes em termos de segurança pessoal.
Por fim, temos que mencionar o modem C1, que chegou com o iPhone 16e, e tem tudo para melhorar ainda mais a integração entre os diversos componentes — estudos iniciais dizem que ele é o grande responsável pela ótima duração de bateria do modelo, por conta da sua otimização.
Resumo/conclusão
Após esse grande “túnel do tempo”, é interessante observar todas essas informações que relembramos de maneira esquematizada. Para além dos detalhes, a evolução desses aspectos organizada de forma tabulada proporciona um entendimento mais direto em relação às mudanças que podem ser observadas nesses 17 anos.
Modelo | Peso | Tela | Câmeras | Bateria (mAh) | Armazenamento | Preço |
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iPhone | 135g | 3,5″ | 2MP | 1.400 | 4GB, 8GB ou 16GB | Não lançado no Brasil |
iPhone 3G | 133g | 3,5″ | 2MP | 1.220 | 8GB ou 16GB | R$1.200 |
iPhone 3GS | 135g | 3,5″ | 3MP | 1.400 | 8GB, 16GB ou 32GB | R$1.500 |
iPhone 4 | 137g | 3,5″ | 5MP | 1.420 | 8GB, 16GB ou 32GB | R$1.700 |
iPhone 4s | 140g | 3,5″ | 8MP | 1.432 | 8GB, 16GB, 32GB ou 64GB | R$2.600 |
iPhone 5 | 112g | 4″ | 8MP | 1.440 | 16GB, 32GB ou 64GB | R$2.400 |
iPhone 5s | 112g | 4″ | 8MP | 1.560 | 16GB, 32GB ou 64GB | R$2.800 |
iPhone 5c | 132g | 4″ | 8MP | 1.510 | 8GB (após o lançamento), 16GB ou 32GB | R$2.000 |
iPhone 6 | 129g | 4,7″ | 8MP | 1.810 | 16GB, 32GB, 64GB ou 128GB | R$3.200 |
iPhone 6 Plus | 172g | 5,5″ | 8MP | 2.915 | 16GB, 32GB, 64GB ou 128GB | R$3.800 |
iPhone 6s | 143g | 4,7″ | 12MP | 1.715 | 16GB, 32GB, 64GB ou 128GB | R$4.000 |
iPhone 6s Plus | 192g | 5,5″ | 12MP | 2.750 | 16GB, 32GB, 64GB ou 128GB | R$4.300 |
iPhone SE (1ª geração) | 113g | 4″ | 12MP | 1.624 | 16GB, 32GB, 64GB ou 128GB | R$2.700 |
iPhone 7 | 138g | 4,7″ | 12MP | 1.960 | 32GB, 128GB ou 256GB | R$3.500 |
iPhone 7 Plus | 188g | 5,5″ | 12MP + 12MP | 2.900 | 32GB, 128GB ou 256GB | R$4.100 |
iPhone 8 | 148g | 4,7″ | 12MP | 1.821 | 64GB, 128GB ou 256GB | R$4.000 |
iPhone 8 Plus | 202g | 5,5″ | 12MP + 12MP | 2.691 | 64GB, 128GB ou 256GB | R$4.600 |
iPhone X | 174g | 5,8″ | 12MP + 12MP | 2.716 | 64GB ou 256GB | R$7.000 |
iPhone XS | 177g | 5,8″ | 12MP + 12MP | 2.658 | 64GB, 256GB ou 512GB | R$7.300 |
iPhone XS Max | 208g | 6,5″ | 12MP + 12MP | 3.174 | 64GB, 256GB ou 512GB | R$8.000 |
iPhone XR | 194g | 6,1″ | 12MP | 2.942 | 64GB, 128GB ou 256GB | R$5.200 |
iPhone 11 | 194g | 6,1″ | 12MP + 12MP | 3.110 | 64GB, 128GB ou 256GB | R$5.000 |
iPhone 11 Pro | 188g | 5,8″ | 12MP + 12MP + 12MP | 3.046 | 64GB, 256GB ou 512GB | R$7.000 |
iPhone 11 Pro Max | 226g | 6,5″ | 12MP + 12MP + 12MP | 3.969 | 64GB, 256GB ou 512GB | R$7.600 |
iPhone SE (2ª geração) | 148g | 4,7″ | 12MP | 1.821 | 64GB, 128GB ou 256GB | R$3.700 |
iPhone 12 | 164g | 6,1″ | 12MP + 12MP | 2.815 | 64GB, 128GB ou 256GB | R$8.000 |
iPhone 12 mini | 135g | 5,4″ | 12MP + 12MP | 2.227 | 64GB, 128GB ou 256GB | R$7.000 |
iPhone 12 Pro | 189g | 6,1″ | 12MP + 12MP + 12MP | 2.815 | 128GB, 256GB ou 512GB | R$10.000 |
iPhone 12 Pro Max | 228g | 6,7″ | 12MP + 12MP + 12MP | 3.687 | 128GB ,256GB ou 512GB | R$11.000 |
iPhone 13 | 174g | 6,1″ | 12MP + 12MP | 3.240 | 128GB, 256GB ou 512GB | R$7.600 |
iPhone 13 mini | 141g | 5,4″ | 12MP + 12MP | 2.438 | 128GB, 256GB ou 512GB | R$6.600 |
iPhone 13 Pro | 204g | 6,1″ | 12MP + 12MP + 12MP | 3.095 | 128GB, 256GB, 512GB ou 1TB | R$9.500 |
iPhone 13 Pro Max | 240g | 6,7″ | 12MP + 12MP + 12MP | 4.352 | 128GB, 256GB, 512GB ou 1TB | R$10.500 |
iPhone SE (3ª geração) | 144g | 4,7″ | 12MP | 2.018 | 64GB, 128GB ou 256GB | R$4.200 |
iPhone 14 | 172g | 6,1′ | 12MP + 12MP | 3.279 | 128GB, 256GB ou 512GB | R$7.600 |
iPhone 14 Plus | 203g | 6,7″ | 12MP + 12MP | 4.323 | 128GB, 256GB, 512GB ou 1TB | R$8.600 |
iPhone 14 Pro | 206g | 6,1″ | 48MP + 12MP + 12MP | 3.200 | 128GB, 256GB, 512GB ou 1TB | R$9.500 |
iPhone 14 Pro Max | 240g | 6,7″ | 48MP + 12MP + 12MP | 4.323 | 128GB, 256GB, 512GB ou 1TB | R$10.500 |
iPhone 15 | 171g | 6,1″ | 48MP + 12MP | 3.349 | 128GB, 256GB, ou 512GB | R$7.300 |
iPhone 15 Plus | 201g | 6,7″ | 48MP + 12MP | 4.383 | 128GB, 256GB, ou 512GB | R$8.300 |
iPhone 15 Pro | 187g | 6,1″ | 48MP + 12MP + 12MP | 3.274 | 128GB, 256GB, 512GB ou 1TB | R$9.300 |
iPhone 15 Pro Max | 221g | 6,7″ | 48MP + 12MP + 12MP | 4.441 | 256GB, 512GB ou 1TB | R$11.000 |
iPhone 16 | 170g | 6,1″ | 48MP + 12MP + 12MP | 3.561 | 128GB, 256GB ou 512GB | R$7.800 |
iPhone 16 Plus | 199g | 6,7″ | 48MP + 12MP + 12MP | 4.674 | 128GB, 256GB ou 512GB | R$9.500 |
iPhone 16 Pro | 199g | 6,3″ | 48MP + 12MP + 48MP | 3.582 | 128GB, 256GB, 512GB ou 1TB | R$10.500 |
iPhone 16 Pro Max | 227g | 6,9″ | 48MP + 12MP + 48MP | 4.685 | 256GB, 512GB ou 1TB | R$12.500 |
iPhone 16e | 167g | 6,1″ | 48MP | 4.005 | 128GB, 256GB ou 512GB | R$5.800 |
De modo geral, podemos afirmar que várias reclamações antigas de usuários de iPhones foram resolvidas — ou, ao menos, mitigadas —, como as baterias quase simbólicas de alguns modelos antigos e as limitações das câmeras. Os iPhones mais novos, ao contrário, contam com sensores de grande capacidade e baterias com uma boa autonomia.
Os armazenamentos foram aumentando, assim como os dispositivos foram ganhando recursos que sequer eram imaginados há alguns anos. O design com bordas mínimas, inaugurado com o iPhone X, por exemplo — ainda que não tenha sido o primeiro nesse estilo —, criou uma tendência de se buscar eliminar ao máximo as bordas dos displays dos smartphones, algo em que a própria Apple ainda vem evoluindo.
O fato de a maior seção deste especial de três partes ser dedicada à câmera tampouco é um acaso. Essa área dos iPhones — e dos smartphones em geral — recebe grande atenção até mesmo da própria empresa, sempre buscando aprimorar os algoritmos de processamento, sensores e inovar nos recursos disponíveis. Os próprios usuários igualmente valorizam bastante as câmeras dos aparelhos, muito utilizadas no dia a dia, inclusive por causa da sua qualidade.
Também é notável a grande evolução do iPhone em todos os seus aspectos, tendo o primeiro modelo sido uma semente a partir da qual germinou toda a inovação que observamos até hoje. Tanto os usuários foram e ainda são moldados pela tecnologia quanto ela vai se adaptando às diferentes demandas — uma relação que também podemos ver com a história dos iPhones.
A própria Apple observou a importância de celebrar essa história e singularizou o iPhone X entre os dispositivos, em comemoração aos 10 anos da linha. Estamos chegando em breve, inclusive, aos 20 anos, de modo que a Maçã já deve estar planejando o que fazer para novamente lançar um modelo do seu produto mais popular que faça jus à data.
Rumor: iPhone receberá grande redesign em seu aniversário de 20 anos
Para aqueles que são fãs da Maçã e dos iPhones, certamente esses detalhes sobre cada aparelhos devem ser acompanhados por histórias pessoais, primeiros contatos e cotidianos transformados. Esses 17 anos foram carregados de muita inovação e isso com certeza se aplica à vida dos usuários, que acompanharam de perto esse processo.
Qual é a sua avaliação dessa longa história? O que será que nos aguarda nos próximos 17 anos em matéria de iPhones?
iPhones 16 Pro e 16 Pro Max
de Apple
Preço à vista: a partir de R$9.449,10
Preço parcelado: a partir de R$10.499,00 em até 12x
Cores: Titânio-deserto, Titânio natural, Titânio branco ou Titânio preto
Capacidades: 128GB, 256GB, 512GB ou 1TB
iPhones 16 e 16 Plus
de Apple
Preço à vista: a partir de R$7.019,10
Preço parcelado: a partir de R$7.799,00 em até 12x
Cores: ultramarino, verde-acinzentado, rosa, branco ou preto
Capacidades: 128GB, 256GB ou 512GB
iPhone 16e
de Apple
Preço à vista: a partir de R$5.219,10
Preço parcelado: a partir de R$5.799,00 em até 12x
Cor: branco ou preto
Capacidade: 128GB, 256GB ou 512GB
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