Crítica | G20 – Viola Davis Salva o Mundo como Presidente dos EUA em Filme de Ação da Prime Video

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Desde que o mundo é mundo as lideranças governamentais se reúnem em grupos que giram em torno de um mesmo interesse em comum. São inúmeros os exemplos: a Távola Redonda, a OTAN, o BRICS, G7, G8 e por aí vai – líderes e governos juntos por um objetivo sob uma sigla que os identifique. Após sucessivas crises econômicas na década de 1990, alguns países do eixo norte se reuniram em um grupo chamado G20 – que também incluiu a União Europeia como um bloco único e a União Africana – e cuja cúpula se reuniu no Rio de Janeiro no ano passado, quando novas medidas econômicas foram tomadas. Agora, essas reuniões e essa cúpula viraram tema do mais novo filme de ação que chega na plataforma do Prime Video a partir do dia 10 de abril, intitulado ‘G20’.

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A ex-militar e hoje presidente dos Estados Unidos, Danielle Sutton (Viola Davis, de ‘A Mulher Rei’) se prepara para uma importante viagem internacional: a reunião da cúpula do G20 na Cidade do Cabo. Sutton quer propor um novo modelo econômico para que os países tenham mais autonomia, porém, no meio da noite um grupo de terroristas, encabeçado por Rutledge (Antony Starr, da sérieThe Boys’), invade o local e transforma todos os líderes em reféns, pois a proposta e Rutledge é derrubar o valor econômico do dólar e valorizar a criptomoeda. Diante dessa ameaça, Danielle Sutton resgatará suas habilidades como militar para salvar não só aos líderes mundiais, mas ao mundo todo.

É bem verdade que são poucos os filmes de ação estrelados por mulheres – que dirá um filme de ação estrelado por uma mulher e dirigido por uma mulher. Bom, ‘G20’ tem todas essas características e as supera: o longa é dirigido por Patricia Riggen (que anteriormente comandou o tenso ‘Os 33’) e é estrelado por ninguém menos do que Viola Davis – e se tem alguém capaz de proteger o planeta é esta mulher.

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Muito atentos ao que significa ter um filme de ação estrelado por uma mulher, o roteiro (escrito por Caitlin Parrish, Erica Weiss e Noah Miller) aproveita para criticar as tentativas de outras franquias em construir essa representação, e são essas críticas que provocam humor em ‘G20’ – como, por exemplo, a total impossibilidade de uma mulher correr pela vida usando salto alto ou vestidos colantes. E nem por isso as cenas de luta, perseguição e tiroteio são suavizadas: ao contrário, o que vimos é uma produção atenta ao estilo de se fazer as coisas nos Estados Unidos e que entrega o que o público-alvo busca – entretenimento grandioso.

Tudo bem que aqui e ali o roteiro tenha que se justificar em alguma coisa por conta da maneira dos estadunidenses acharem que são o centro do mundo, mas isso fica em segundo plano diante da boa construção da protagonista Sutton e da impressionante capacidade de Viola Davis em estrelar um filme de ação e ainda assim fazer parecer que tudo foi muito fácil. Diante dela, até mesmo o vilão (que tanto nos entretém em ‘The Boys’) fica pequeno.

Com recursos que impressionam, ‘G20’ traz todos os elementos que um bom filme de ação precisa ter: uma protagonista carismática cuja vida o espectador se relaciona, uma ameaça terrível que nos deixa tensos desde o início, cenas mirabolantes de explosão, escape e perseguição – tudo amarrado pelo fio do suspense. ‘G20’ tem tudo para se tornar uma boa franquia de filmes de ação.

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