Dólar dispara 3,72%, a R$ 5,83, na maior alta diária em 3 anos

Após a forte contração da véspera, o dólar disparou ante o real nesta sexta-feira (4), superando novamente os R$ 5,80. O movimento acompanha o avanço da moeda norte-americana no exterior, após a China anunciar retaliação ao tarifaço dos EUA, o que elevou a tensão da guerra comercial e aumentou a perspectiva de desaceleração da economia global.

A moeda registrou sua maior alta diária desde 22 de abril de 2022. Na ocasião, a divisa havia avançado 4,04%.

Em relação aos dados, o mercado de trabalho dos EUA abriu 228 mil postos de trabalho em março, de acordo com o relatório de emprego conhecido como Payroll.

O dólar à vista fechou a sessão com alta de 3,72%, aos R$5,8382. Segundo o Investing, somente nesta sexta-feira, a moeda subiu 21 centavos de real.

Na semana, a divisa norte-americana acumulou alta de 1,31%. Contudo, no ano, ainda registra queda acumulada de 5,52%.

Ibovespa e mercados globais fecham com fortes tombos; dólar dispara

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta sexta-feira (4) com  baixa de 2,96%, aos 127.256,00 pontos. O dólar comercial subiu 3,68%, a R$ 5,83, a maior alta diária desde 10 de novembro de 2022, quando subiu 4,10%.

Seguindo o compasso das fortes quedas nos mercados globais, o Ibovespa operou com uma desvalorização expressiva, devido à guerra comercial instaurada entre a China e os EUA. O índice brasileiro perdeu quase 4 mil pontos.

O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, fechou com alta de 0,86%, US$ 102,95.

A China informou nesta sexta-feira a imposição de tarifas recíprocas de 34% sobre todas as importações dos EUA, com validade a partir de 10 de abril, em um contra-ataque à taxação do mesmo nível imposta pelo presidente Donald Trump nesta semana. 

“Essa prática dos EUA não está de acordo com as regras do comércio internacional, prejudica seriamente os direitos e interesses legítimos da China e é uma prática típica de intimidação unilateral”, declarou a Comissão de Tarifas do Conselho de Estado da China, em comunicado.

Isto intensificou a guerra comercial entre os países e lançou mais pressão sobre as incertezas com o futuro da economia global, afastando a tendência a apostar em ativos de risco no momento. 

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