O Ministério de Minas e Energia publicou nesta sexta-feira portaria revogando a realização do leilão para contratar usinas para fornecer potência e reforçar a segurança do sistema elétrico nacional, que estava marcado para 27 de junho.
O cancelamento ocorre após as regras do certame terem sido questionadas judicialmente por agentes interessados, o que parte do setor enxergou como uma desconfiguração do certame, que poderia levar a uma contratação mais cara aos consumidores.
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Nesta semana, um juiz federal do Distrito Federal suspendeu a portaria do governo que tratava do leilão e determinou a realização de uma nova consulta pública.
O leilão de reserva de capacidade seria o segundo do tipo a ser realizado pelo Brasil e já ocorreria com atraso, uma vez que estava previsto inicialmente para ser realizado no ano passado. No entanto, a demora do governo para publicar as regras finais, em meio a debates sobre as fontes de energia habilitadas a participar, acabou postergando o certame para este ano.
A proposta do leilão, aberto a termelétricas e hidrelétricas, é aumentar a confiabilidade e segurança do sistema elétrico brasileiro, colocando mais usinas flexíveis para operar e que possam fazer frente à variabilidade da geração das fontes renováveis solar e eólica ao longo do dia.
O certame vinha sendo visto com interesse por grandes geradores termelétricos, como Petrobras, Eneva e Âmbar Energia, da holding J&F. Também é uma oportunidade importante para geradores hidrelétricos, como Copel, Eletrobras, Engie e Auren, ampliarem suas usinas com novas máquinas.
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