Jorge de Sá, ex-ator da Globo, é denunciado por estelionato em SP

A Polícia Civil foi acionada pelo MPSP (Ministério Público de São Paulo) recentemente para investigar denúncias de estelionato e falsidade documental contra Jorge de Sá. O empresário e ator conhecido pelas novelas que fez na Globo, por sua vez, negou as acusações nesta sexta-feira (21). 

O promotor de Justiça Cássio Roberto Conserino, deflagrou a investigação de estelionato em fevereiro após colher depoimentos das primeiras alegadas vítimas do ator, e agora está nas mãos do promotor criminal Cleber Masson.

As alegações das famílias da elite de São Paulo é que contrataram Jorge de Sá para intermediar bolsas de estudo em escolas nos EUA. O serviço é vendido pelo empresário através das redes sociais, onde acumula milhares de seguidores. Depois de pagar pelas vagas, as vítimas dizem que ficaram a ver navios.

Um grupo batizado de “Jorge de Sá Lesados” foi criado no WhatsApp pelo advogado Alex Messias Batista Campos, ele próprio uma das vítimas, e já reúne 106 vítimas do suposto esquema de fraude. As vítimas alegam que o prejuízo com o possível estelionato passaria de 1 milhão de reais.

“Jorge de Sá, representando a empresa K&J Soluções Digitais, mediante artifício e ardil, obteve indevida vantagem econômica em detrimento das vítimas, os quais contrataram os seus serviços de consultoria e assessoramento para obter bolsas escolares em estabelecimentos educacionais americanos para seus filhos, uma vez que ele se apresentava como intermediário dessas escolas e prometia vagas garantidas com preços fechados”, consta na denúncia apresentada ao MPSP por algumas vítimas, segundo a “Veja”

“Após fazer expressivos pagamentos a Jorge de Sá, as vítimas descobriram que não havia qualquer possibilidade de custo fixo para obtenção de bolsa e que todos os pagamentos são feitos diretamente à escola. Apuraram ainda que faltavam valores a serem quitados na escola, porque Jorge de Sá não fez o repasse, bem como apresentou comprovantes de transferência bancária supostamente falsificados no valor de 4.500 dólares para a vítima”, segue a denúncia.

A resposta do MP de São Paulo às denúncias de estelionato é que as provas apresentadas pelos denunciantes revelaram “indicativos de eventuais delitos de estelionato”, o que motivou o pedido de abertura de diferentes inquéritos contra o empresário e ator.

Jorge de Sá se defende das acusações de estelionato

Após a repercussão das denúncias de estelionato, Jorge de Sá se pronunciou. Em um comunicado enviado à coluna da jornalista Fabia Oliveira, além de se defender, o ator fez um longo desabafo, afirmando que as acusações são “inverdades” e que se assustou com a investigação. 

“Eu trabalho há oito anos com bolsas acadêmicas esportivas, com grande visibilidade nas redes sociais, e me comprometo responsavelmente com isso”, garantiu.

“Quando vi a matéria, mesmo entendendo que existem vários desafios nesse processo de captação de bolsas, fiquei muito assustado com as inverdades e com essa investigação, que desconhecia”, afirmou. 

Além disso, o filho de Sandra de Sá também disse que, apesar de fornecer acesso a tais instituições, nunca se apresentou como representante oficial delas.

“Foi dito na investigação que os jovens não tiveram acesso às bolsas, o que é uma mentira: eles tiveram acesso! É importante destacar que esses jovens não pagaram o valor integral da instituição. Eles fazem parte de um programa no qual arcaram com valores consideravelmente mais baixos, em média 50% do valor integral. Com isso, cabia ao DCEI o compromisso de apresentar propostas de bolsas, o que foi feito. Cumprimos nosso objetivo e trouxemos propostas para esses jovens em instituições renomadas no exterior”, disse ele.

O ex-ator da Globo afirmou também que a denúncia de que não havia qualquer possibilidade de custo fixo para obtenção de bolsa, e que todos os pagamentos são feitos diretamente à escola, é um apontamento infundado. 

“Cada escola decide sua forma de atuar e, na maioria dos casos, agências de intercâmbio recebem o valor e o repassam para a escola. Isso é um procedimento comum. Algumas escolas recebem diretamente dos pais, outras não”, disse.

Já sobre a acusação de ter apresentado comprovantes de transferência bancária supostamente falsificados no valor de 4.500 dólares para uma das vítimas, Jorge de Sá afirmou não ser verdade. 

“Tratava-se de valores repassados à empresa, como acontece em diversas agências, e posteriormente transferidos à instituição […] Temos jovens e estudantes atletas, meninos e meninas, em diversos esportes e instituições de ensino no exterior, seja High School ou College, desfrutando de um ensino de qualidade e alto rendimento esportivo”, garantiu.

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