Haddad: juros do consignado a celetista vai ser menor que 3%

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Fernando Haddad, ministro da Fazenda / Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a taxa de juros cobrada pelos bancos no empréstimo consignado aos trabalhadores celetistas vai ser inferior a 3% ao mês. As declarações foram feitas nesta sexta-feira (21) ao podcast “Inteligência Ltda”.

Segundo o ministro, atualmente, os juros para o consignado a esses trabalhadores fica entre 5% e 6%. “Esperamos que a concorrência entre os bancos faça essa taxa cair mais ainda”, disse Haddad.

“Quanto mais estável for o setor da economia e mais estável for o empregado, maior chance de aproximar taxa de juros (do trabalhador celetista) da cobrada dos servidores públicos e dos aposentados, que é menos de 2% (ao mês)”, acrescentou.

O governo instituiu o novo consignado privado nesta sexta-feira (21), como uma das medidas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para voltar a ganhar popularidade. Com a medida, foi criado um sistema centralizado para pedir os empréstimos, com a função de diminuir burocracias.

Segundo o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), foram simulados 15.098.810 pedidos do novo empréstimo consignado no aplicativo da CTPS (Carteira de Trabalho Digital) até às 18h desta sexta-feira (21). Além disso, usuários já solicitaram propostas aos bancos 1.584.436 vezes, com 1.494 contratos fechados.

Haddad diz que último ano da gestão de Bolsonaro “é um ano de uma pessoa 100% improba”

Na entrevista, Haddad também fez críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, o último ano do governo anterior “é um ano de uma pessoa 100% improba”, em razão dos gastos que de Bolsonaro na tentativa de reeleição.

“Do meu ponto de vista, e eu estou falando aqui como alguém que conhece de finanças públicas, o último ano do Bolsonaro é um ano de uma pessoa 100% improba. O que ele fez com as finanças públicas para se eleger é algo que tem que ser caracterizado como improbidade”, destacou.

“Não dá para uma pessoa fazer aquilo e passar incólume. Não tem condição. Se a gente não corrigir esse tipo de postura, fica muito difícil daqui pra frente. Como é que vai administrar um país dando liberdade para a pessoa fazer o que fez? Não dá para ser assim, porque dá muito trabalho depois para consertar. Às vezes, você gasta um mandato para consertar o que o outro fez”, disse Haddad.

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