Café: exportações são recordes na safra 2024/25

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Café / Foto: Freepik

Apesar de caírem em fevereiro, as exportações brasileiras de café somam 33,45 milhões de sacas na parcial da atual safra (de julho de 2024 a fevereiro de 2025), um recorde para esse intervalo, considerando-se a série histórica do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

As informações são do  Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Pesquisadores do centro destacam que, desde o início, a temporada 2024/25 tem sido marcada por elevados volumes embarcados.

Naquele período, a legislação da União Europeia sobre a importação de produtos livres de desmatamento acabou antecipando grande parte dos embarques do grão – esse movimento ocorreu antes do anúncio de adiamento da regulamentação da União Europeia.

O Centro de Pesquisas ressalta que, caso a legislação entrasse, de fato, em vigor em 2025, os embarques brasileiros de café poderiam ser limitados. Para os próximos meses, as exportações devem seguir enfraquecidas, devido à baixa quantidade de grãos da safra 2024/25 ainda disponível para negociação e ao período de entressafra.

Café: preços podem ficar mais baixos até o final do ano

Há uma expectativa no mercado de que os preços do café caiam cerca de 30% até o final deste ano, motivada por uma projeção de queda no consumo em razão da escalada dos preços e expectativas de uma melhora na safra brasileira no ano que vem. Isto é o que aponta uma pesquisa da “Reuters” com 12 analistas.

A expectativa dos entrevistados é de uma queda de 6% nos preços do café arábica ao final de 2025, em relação ao final do ano passado, e de cerca de 30% em relação aos preços atuais.

“As respostas apontaram para uma queda de 30% nos preços em Nova York e uma queda de 28% nos preços em Londres, então Nova York recuaria para 295 centavos de dólar por libra-peso”, explica o gerente de Inteligência de Mercado de Café da StoneX, Fernando Maximiliano.

Há expectativas de quedas nos preços devido especialmente à safra brasileira de canéforas, com uma projeção de safra maior que a do ano passado. “Isto deve aliviar um pouco o quadro mais apertado do arábica”, comenta o presidente do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), Márcio Ferreira.

Nesse contexto, agentes do mercado estão atentos especialmente ao clima. “Estamos torcendo por um clima ameno, com chuvas significativas até a aproximação do período de colheita, para passarmos ilesos pela época de frio, quanto há risco de geada”, diz Ferreira.

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