Suspeitos de lavagem de dinheiro e tráfico em SE são presos em SP

O Departamento de Narcóticos (Denarc), com o auxílio da Divisão de Inteligência (Dipol), Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Copci) e da Polícia Científica (PCi), deflagrou a Operação Capture the Flag – Capture a Bandeira, em português -, para desarticular um grupo criminoso envolvido com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro de São Paulo com atuação em Sergipe, e deteve três investigados em cumprimento a mandados de prisão no interior paulista. O grupo tinha imóveis de alto padrão que, juntos, foram avaliados em mais de R$ 5 milhões.

A operação, que ocorreu nesta terça-feira (18), contou com o apoio operacional da Polícia Civil de São Paulo para o cumprimento dos mandados de prisão e das decisões judiciais de busca e apreensão.

De acordo com o diretor do Denarc, Ataíde Alves, a investigação que resultou nesta operação foi iniciada em fevereiro do ano passado a partir de uma apreensão de drogas na cidade de Simão Dias. “É uma operação que visa o combate à lavagem de dinheiro”, enfatizou o delegado. Ainda, segundo as investigações, a polícia verificou uma outra tentativa de PIX de R$ 25 milhões e uma transferência efetivada de R$ 1 milhão.

De acordo com o Denarc, o grupo criminoso era liderado por Vanilton Santos de Souza, conhecido como “Titela”, e tinha conexões com a facção criminosa paulista de atuação nacional. A organização enviava cocaína para os estados de Sergipe e Bahia, utilizando embalagens personalizadas com a imagem da bandeira da Colômbia ou do traficante colombiano Pablo Escobar.

Além disso, a quadrilha investia em imóveis de alto padrão para ocultar os lucros ilícitos, com cinco propriedades já identificadas e bloqueadas judicialmente. Durante a apuração policial, o Denarc identificou que uma família denominada de ‘Colômbia’ enviava dinheiro a Sergipe para efetuar a lavagem de dinheiro. “No decorrer do inquérito policial, foi decretada pela Justiça a indisponibilidade de cinco imóveis de alto padrão, evidenciando a necessidade de combater a lavagem de dinheiro”, enfatizou o delegado.

Ainda conforme o delegado, a investigação verificou que o grupo criminoso trazia cocaína para Sergipe e Bahia. “A droga vinha, geralmente, com a imagem da bandeira da Colômbia ou ainda com a foto do traficante colombiano Pablo Escobar. O grupo criminoso é integrante da facção criminosa paulista de atuação nacional”, contextualizou Ataíde Alves.

Durante a operação, além do sequestro judicial dos imóveis e veículos, foram apreendidas pistolas pertencentes a integrantes do grupo criminoso. Dentre as armas localizadas e apreendidas, está uma pistola Glock, com seletor de rajadas. Esta ação policial também é um desdobramento da Operação Narke III, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

Ao todo, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão. Além disso, foram apreendidos veículos, um quadriciclo, joias, celulares e diversos dispositivos eletrônicos, reforçando o combate à estrutura financeira do grupo criminoso.

Além das unidades de Sergipe, deram apoio em São Paulo a Divisão de Capturas/DOPE, com apoio na capital, e o DEINTER-6 em Bertioga.

Nome da Operação

A operação foi intitulada de Capture the Flag – ou em português, Capture a Bandeira – em referência a um jogo de estratégia e em alusão a uma bandeira da Colômbia que está no fundo de uma piscina de um imóvel avaliado em Bertioga (SP). “É um grupo que ostentava um padrão de vida incompatível com o padrão de renda, já que a residência está avaliada em R$ 2 milhões”, concluiu o diretor do Denarc.

 

Fonte: SSP/SE

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