Rio Bravo compra a JPP Capital e planeja outras aquisições

Foto: Rio Bravo/Divulgação

Um memorando de entendimento  para a aquisição da gestora JPP Capital, que administra cerca de R$ 500 milhões em fundos de investimento, foi assinado pela Rio Bravo Investimentos. Com isso, o total sob gestão das duas casas é de aproximadamente R$ 14 bilhões.

O acordo envolve a absorção de todo portfólio da gestora, este que engloba três fundos imobiliários – dois deles listados em bolsa , o OUJP11, cogerido com a FAR, e o  JPPA11 – outros dois fundos multimercados, sendo um comprador de cotas de fundos imobiliários, bem como um FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios).

Juntos, esses fundos somam mais de 30 mil cotistas. Segundo dados da Anbima, o valor total sob gestão da JPP somava R$ 425 milhões em janeiro. A negociação ainda prevê a integração da equipe de gestão da JPP, que é liderada pelos sócios-fundadores, Joaquim Kokudai e Roni Antonio.

O responsável por fundar a JPP em 2014, Kokudai, atuou antes como diretor de fundos de renda fixa e macro na Rio Bravo. Na firma, era responsável pelos multimercados. 

“A experiência combinada das duas gestoras trará ainda mais valor aos investidores, fortalecendo a especialização em crédito e expandindo as oportunidades no mercado”, disse Kokudai. 

O aumento de liquidez dos fundos e o ganho de escala serão alguns dos benefícios da operação para os cotistas da JPP. 

As gestoras de fundos têm se consolidado com a alta da taxa Selic. Com isso, a Rio Bravo está olhando outras aquisições como parte da estratégia de crescimento. 

“Essa operação é a primeira de outras que temos em vista. Estamos aproveitando uma janela de oportunidades para consolidar nossa posição e temos duas conversas em andamento. na mesma linha da JPP. para expandir o portfólio com produtos alinhados à demanda dos investidores “, adiantou Buccini.

A Rio Bravo tem R$ 13,3 bilhões em ativos sob gestão e administração, distribuídos entre 48 veículos de investimento, sendo 26 fundos imobiliários, totalizando mais de 200 mil cotistas. Ela fundada há 25 anos por Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central, e por Paulo Bilyk, atual CEO e CIO da gestora.

FII da Rio Bravo inicia captação para comprar Pátio Higienópolis

O FII (Fundo de Investimento Imobiliário) da Rio Bravo SHPH11 iniciou o processo de captação de até R$ 400 milhões na B3, com o objetivo de aumentar sua participação no Shopping Pátio Higienópolis, do qual já detém 25,7%. As informações são do “Broadcast+”.

A emissão foi aprovada em assembleia de cotistas na última sexta-feira (24) e inclui uma cláusula de “poison pill” (medida destinada à defesa contra ofertas hostis), que é inédita para este tipo de fundo, disse a sócia e diretora de investimentos imobiliários da Rio Bravo, Anita Scal, ao “Broadcast+”.

Com a captação, o SHPH11 pretende aumentar a participação no shopping para 40,46%. A decisão ocorre após a venda de 50,1% do estabelecimento pela Brookfield para um consórcio liderado pelo Iguatemi, que pagou R$ 2,5 bilhões pela fatia em dezembro de 2024.

Se o negócio se concretizar, o SHPH11 se tornaria o maior coproprietário individual do shopping.

A cláusula de “poison pill” tem o objetivo de fazer com que o FII permaneça monoativo, patrimonialista, focado em renda e sem possibilidade de mudanças abruptas em seu controle, disse Scal ao “Broadcast+”. Dessa forma, a cláusula também previne que o FII mude seu perfil de risco.

A inclusão de “poison pill” pode fazer com que outras instituições o setor imobiliário adotem a prática, segundo a sócia. Além disso, a medida seria uma resposta ao aumento da preocupação de investidores em proteger ativos de ofertas hostis, considerando a valorização de shoppings como ativo de investimento, disse ela ao “Broadcast+”.

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