Fazenda reduz projeção do PIB de 2025 de 2,5% para 2,3%

Fachada do ministério da Fazenda / Foto: Marcelo Camargo – Agência Brasil

A projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2025 foi revisada pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda de 2,5% para 2,3%, refletindo os ciclos contracionistas das políticas monetária e fiscal. 

A projeção de desaceleração consta do documento ‘2024 em retrospectiva e o que esperar de 2025’, publicado nesta quinta-feira (13) pela Fazenda.

“Para o PIB de 2025, projeta-se expansão de 2,3%. A previsão até novembro de 2024 era de crescimento de 2,5%, porém o aumento na taxa de juros básica e o cenário conjuntural externo levaram à expectativa de menor ritmo de expansão da atividade em 2025. O carry-over para 2025 também se reduziu recentemente”, consta no documento, segundo o “Estadão”.

A pasta considerou para essa projeção as atividades cíclicas, que dependem mais das dinâmicas de crédito, da massa de rendimento e transferências, por isso, devem ser mais impactadas pelo aumento nos juros e menores estímulos fiscais.

Enquanto isso, as atividades não cíclicas, a exemplo da produção agropecuária e extrativa, devem ter um avanço expressivo neste ano. Com isso, pode haver uma garantia de que o crescimento real não se distancie do potencial e tende a exercer um efeito desinflacionário pela maior oferta de produtos.

Além disso, a Fazenda também tem expectativas de que haja uma desaceleração para a indústria brasileira – cuja projeção foi revisada de avanço de 2,5% para 2 2% – e em serviços – com expectativa que caiu de 2,1% para 1,9%. Para a atividade agropecuária, a projeção de crescimento se manteve em 6,0%.

Fazenda e BC criam sistema simplificar acesso ao crédito no Brasil

O Ministério da Fazenda e o BC (Banco Central) trabalham em conjunto na criação de um sistema para ampliar o uso de ativos financeiros como garantia de empréstimos concedidos pelos bancos para empresas e pessoas físicas.

Entre esses investimentos, poderão ser usados como garantia cotas de investimento, de consórcios, CDBs (Certificados de Depósitos Bancários), LCAs (Letras de Crédito do AgroNegócio) e LCIs (Letras de Crédito Imobiliário). As informações foram apuradas pelo Jornal Folha de São Paulo.

A medida integra a lista de 25 iniciativas elencadas pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda) para o biênio 2025-2026. A agenda foi apresentada por Haddad na reunião ministerial realizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última segunda-feira (20).

Três frentes

A proposta faz parte de uma das três frentes de trabalho da agenda que trata de medidas voltadas para a melhoria do ambiente de negócios. As outras duas frentes abarcam medidas para a estabilidade macroeconômica e o plano de transformação ecológica.

A ideia é integrar as garantias num único sistema para facilitar a concessão dos empréstimos pelas instituições financeiras e baratear o custo do crédito. A medida precisa ser aprovada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), sem necessitar de um projeto de lei para entrar em vigor.

Com a nova medida em elaboração na área econômica, o governo vai ampliar o escopo dos ativos financeiros que poderão ser dados como garantia.

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