B3 lança seu primeiro índice de debêntures

A B3 (B3SA3) avança no segmento de renda fixa com o lançamento do Índice de Debêntures Ultra Qualidade DI B3, que estreia nesta quinta-feira (13). A iniciativa reforça a estratégia da administradora da Bolsa em ampliar seus benchmarks no setor, acompanhando o crescimento do mercado secundário de debêntures, que já movimenta quase R$ 3 bilhões por dia.

Desde o final de 2024, a B3 passou a aceitar debêntures como garantia em operações nas quais atua como contraparte. A medida foi impulsionada pelo aumento da emissão desses títulos por empresas e pela maior liquidez do mercado. Agora, com o novo índice, a expectativa é de que ele sirva de base para o desenvolvimento de novos produtos financeiros.

O Índice de Debêntures Ultra Qualidade DI B3 é composto por 22 ativos de oito emissores: Compass, Cosan (CSAN3), Sabesp (SBSP3), Rede D’Or (RDOR3), Localiza (RENT3), Algar, Marfrig (MRFG3) e Equatorial Energia (EQTL3).

Critérios para composição do índice

Os títulos incluídos no índice precisam atender a uma série de requisitos. Todos devem ser aceitos como colateral pela B3, possuir emissões superiores a R$ 300 milhões e apresentar um valor médio diário de negociação acima de R$ 500 milhões nos últimos 12 meses. Além disso, não podem ter vencimento superior a 10 anos, nem ser conversíveis ou permutáveis. Para evitar concentração, cada ativo e emissor pode ter um peso máximo de 15% na carteira do índice.

“Diferente de uma ação, que tende a ser perpétua, os instrumentos de renda fixa possuem vencimentos e precisam ser rebalanceados frequentemente para não expirarem enquanto ainda fazem parte do portfólio”, explicou Ricardo Cavalheiro, superintendente de índices da B3.

O índice será rebalanceado mensalmente, mas poderá passar por ajustes diários em casos de eventos como pagamentos de juros, amortizações, prêmios ou resgates antecipados das debêntures.

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