Drex: oposição faz campanha contra moeda criada na gestão de Campos Neto

Anbima / Drex
Drex / Foto: Divulgação/BC

A oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou uma campanha contra o Drex, a moeda digital em desenvolvimento pelo BC (Banco Central). O movimento parte de parlamentares bolsonaristas, que alegam que a iniciativa permitirá o rastreamento total das movimentações financeiras dos brasileiros. O projeto, no entanto, foi iniciado na gestão do ex-presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, indicado por Jair Bolsonaro.

A deputada Julia Zanatta (PL) lançou um abaixo-assinado contra o Drex nesta quarta-feira (12), alegando que a moeda digital seria um mecanismo de monitoramento financeiro do governo Lula.

“Com o Drex, cada movimento seu será rastreado, e bastará um clique para bloquearem sua conta ou sumirem com seus recursos — seja qual for a desculpa. Estamos falando de controle total sobre a sua vida financeira!”, escreveu a deputada, de acordo com o InfoMoney.

Além da campanha contra o Drex, Zanatta é autora de um projeto de lei que busca proibir a extinção do papel-moeda. A deputada também propôs uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que exigiria autorização do Congresso Nacional para a adoção de uma moeda digital no Brasil.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL) endossou a iniciativa, declarando nas redes sociais que o Drex é a “nova moeda digital que Lula quer criar para te dominar”. Ele chegou a afirmar, sem apresentar provas, que o governo poderia restringir pagamentos por geolocalização.

Drex: a nova fase da digitalização econômica no Brasil

O Pix, lançado em novembro de 2020, rapidamente se tornou o principal meio de pagamento no Brasil. Em 2023, foram registradas 42 bilhões de transações, um aumento de 75% em relação ao ano anterior. O sucesso é tanto que, segundo uma pesquisa da Mastercard, 89% dos brasileiros estão dispostos a experimentar novos métodos de pagamento.

Neste cenário, o Banco Central desenvolve o Drex, uma versão digital do Real. Diferente do Pix, o Drex é voltado para grandes transações, como compras de imóveis e veículos, oferecendo segurança adicional nesses casos.

A escolha do nome segue a lógica do Pix: “D” representa Digital, “R” refere-se ao Real, “E” simboliza Eletrônico e “X” remete à conexão. A conversão para Drex será de 1:1 com o Real, com liquidação gerida pelo Banco Central em um ambiente de ativos digitais, utilizando a tecnologia de registro distribuído (DLT). Transações com Drex exigirão o uso de instituições financeiras autorizadas, garantindo a segurança.

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