FMI diz ser cedo para avaliar impactos de medidas dos EUA

FMI / Foto: CanvaPro

Os últimos acontecimentos nos EUA, mais precisamente com as tarifas de importação impostas pelo presidente Donald Trump, e também com a suspensão de ajuda externa, estão sendo acompanhados de perto pelo FMI (Fundo Monetário Internacional). Porém, a entidade afirmou nesta quinta-feira (6) que ainda é cedo demais para oferecer avaliações claras sobre o impacto.

O FMI tem alertado repetidamente os países de que medidas protecionistas, restrições comerciais e aumento da incerteza podem prejudicar o crescimento global. 

Contudo, a porta-voz da instituição, Julie Kozack, disse que o impacto das tarifas norte-americanas já anunciadas e de outras medidas dependerá das reações de outros países e consumidores, além de outros desdobramentos comerciais.

Além disso, Kozak comentou que o FMI tem um longo histórico de trabalho com os sucessivos governos norte-americanos e que espera dar continuidade a esse trabalho, no que se refere às propostas da agenda do Projeto 2025, redigidas por alguns dos principais membros do governo Trump.

FMI piora projeções para a dívida bruta brasileira

FMI (Fundo Monetário Internacional) estima uma piora da dívida bruta brasileira para o próximo ano, de 84,7% do PIB em 2023 para 87,6% do PIB em 2024. As projeções, presentes no apêndice estatístico do Monitor Fiscal, divulgado nesta quarta-feira (23), são maiores que o previsto anteriormente.

A estimativa anterior, divulgada em abril, projetava uma dívida de 86,7% para 2024.

Esse percentual deve continuar a crescer até 2029, último ano da projeção. Para 2025, a previsão é de que o indicador chegue a 92% e cresça para 97,6% até 2029.

A projeção para 2025 e 2029 também são maiores que o estimado de abril. A previsão era de uma dívida bruta de 89,3% do PIB para o ano que vem e 97,6% do PIB daqui a cinco anos.

Para 2027, o FMI projeta uma dívida bruta de 96,4% do PIB, resultado pior que o de 2020 (96%), primeiro ano da pandemia.

A dívida bruta brasileira projetada para 2024 fica em sexto lugar dentro do grupo de 38 países emergentes classificado no relatório do FMI. O primeiro lugar é Bahrein (126,7% do PIB), seguido por Ucrânia (95,6% do PIB), Argentina (91,5% do PIB), Egito (90,9% do PIB) e China (90,1% do PIB).

A dívida média dos países emergentes neste ano deve ficar em 70,8% do PIB, segundo o FMI.

O cálculo do FMI é diferente do utilizado pelo BC (Banco Central), que não considera títulos do Tesouro. Portanto, a projeção do fundo é diferente da brasileira, segundo a qual a dívida bruta ficou em 74,4% do PIB em 2023 e atingiu 78,5% do PIB em agosto de 2024.

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