Política monetária pressiona margens e atrasa expansão de empresas, diz Moody’s

Foto: Freepik / Ibovespa

O aumento dos juros no Brasil, a alta da inflação e a forte depreciação cambial pressionaram o fluxo de caixa e devem reduzir a rentabilidade das companhias em 2025. Esse cenário envolvendo a política monetária pode limitar a capacidade das empresas de cumprir suas obrigações financeiras, de acordo com a Moody’s.

Os analistas da casa destacaram que a desvalorização do real terá impacto maior sobre organizações que dependem de uma moeda local forte para manter seu fluxo de caixa, além daquelas com grande parte da dívida denominada em dólares.

“Setores com alta alavancagem, como o imobiliário, serviços públicos e telecomunicações, são particularmente vulneráveis, pois geralmente dependem de financiamento baseado em dívida local significativa para manter suas operações e gastos de capital”, comentaram os analistas, segundo o Valor.

A agência de classificação de risco apontou que empresas como Azul, Usina Coruripe Açúcar e Álcool e Oceânica Engenharia e Consultoria estão entre as mais afetadas por esse cenário.

Política monetária pode conter crescimento do Brasil em 2025

A economia do Brasil deve desacelerar seu ritmo de crescimento de 3,2% em 2024 para 2,2% em 2025, como resultado de uma política monetária ainda restritiva, em meio a uma inflação que deve permanecer próxima ao limite superior da meta do BC (Banco Central) em 2025. Essa avaliação está no relatório Perspectivas Econômicas Globais, divulgado nesta quinta-feira (16) pelo Banco Mundial.

Segundo a entidade, os motores do crescimento brasileiro continuarão sendo o consumo privado e o mercado de trabalho robusto. Contudo, a política fiscal deverá ter espaço limitado para estimular a atividade econômica, “já que o governo busca lidar com questões urgentes de sustentabilidade fiscal”, destacou o relatório, conforme o Valor Econômico.

O receio em relação à instabilidade fiscal, à inflação persistente, às políticas monetárias mais rígidas e às mudanças climáticas, especialmente as secas provocadas pelo fenômeno La Niña, pode ameaçar o crescimento da economia nacional.

Além disso, no cenário externo, o fraco crescimento da China preocupa devido ao impacto na demanda por commodities.

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