Trump nega ter fechado acordo final sobre tarifa com México

O presidente dos EUA, Donald Trump / Foto: RS/ Fotos Públicas

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (3) que ainda não foi fechado um acordo permanente sobre a questão das tarifas com o México. Mais cedo, o republicano confirmou uma pausa de 1 mês nas medidas protecionistas.

Trump reiterou, durante uma entrevista no Salão Oval da Casa Branca nesta segunda, que conversou com a presidente do México, Claudia Sheinbaum, e disse gostar dela. “Temos boa relação”, afirmou, segundo o “Estadão”.

Além disso, o presidente dos EUA ressaltou a pretensão de se envolver nas negociações com os mexicanos, que serão lideradas pelos secretários de Tesouro, Scott Bessent; Comércio, Howard Lutnick; e Estado, Marco Rubio.

A principal demanda é que o país vizinho interrompa a entrada de fentanil e de imigrantes ilegais nos EUA, segundo ele.

Ainda sobre a América Latina, Trump informou que negocia um acordo com o Canal do Panamá que, segundo ele, foi de maneira “tola” dado aos panamenhos. “O Panamá viola o acordo”, acusou ele, que acrescentou que o canal não foi concedido à China.

Trump: medidas geram instabilidade e ‘jogo de perde-perde’, diz AEB

As recentes movimentações por parte de Donald Trump, presidente dos EUA, fizeram o comércio internacional estabelecer um “jogo de perde-perde”, com uma desaceleração econômica global que deve ser inevitável. A avaliação é de José Augusto de Castro, presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil).

No último sábado (1º), Trump anunciou medidas para taxar em 25% os produtos importados pelos EUA do México e do Canadá. Para a China, a tarifa anunciada foi de 10%.

No final da manhã desta segunda-feira (3), a presidente do México, Claudia Sheinbaum, anunciou que a medida contra o país ficará suspensa por um mês, após os dois países chegarem a alguns acordos na área de segurança.

“Canadá e México têm economias praticamente voltadas para abastecer os Estados Unidos. Nós estamos participando agora de um jogo de perde-perde. Todos vão perder. Isso levará a uma reformulação em contratos e operações. A repercussão será para todos, com possibilidade de aumento da inflação, redução do crescimento econômico e alta da taxa de câmbio”, disse Castro, de acordo com o Valor.

Segundo o especialista, as cotações de commodities também devem ser impactadas. Ele ressaltou que, para a China, o aumento de tarifas foi menor, mas a cobrança adicional recai sobre um país que já vinha sofrendo taxações severas no governo de Joe Biden. “É preciso ver quais medidas a China vai adotar, se vai reduzir preços e tratar o lucro como algo secundário.”

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