ChatGPT CEO? Designer segue ordens da IA e e fatura R$ 43.400 em dois meses

A inteligência artificial tem revolucionado diversos setores, mas até onde ela pode ir no mundo dos negócios? Foi essa pergunta que Jackson Greathouse Fall, designer e entusiasta de tecnologia, quis responder quando decidiu testar os limites do ChatGPT.

Com um orçamento inicial de apenas US$ 100 (R$ 620), ele seguiu todas as recomendações da IA para construir uma empresa do zero. O resultado? Em apenas dois meses, seu projeto já tinha arrecadado mais de US$ 7.000 (R$ 43.400).

O experimento chamou a atenção de entusiastas de tecnologia, que viram na experiência de Fall uma amostra do potencial da IA na automação de negócios.

No entanto, o desfecho da história levantou questionamentos sobre a real viabilidade de um empreendimento gerenciado exclusivamente por inteligência artificial.

O nascimento de uma empresa orientada pela IA

ChatGPT
A inteligência artificial simula a cognição humana para resolver problemas. Neste exemplo, o ChatGPT foi usado para criar um negócio lucrativo.

A ideia começou de forma simples: Fall pediu ao ChatGPT que lhe desse um plano para transformar US$ 100 em um negócio lucrativo. A IA sugeriu investir em um nicho promissor, criar um site, explorar marketing digital e monetizar o conteúdo por meio de afiliados.

Com essas diretrizes, nasceu o Green Gadget Guru, um portal focado em produtos sustentáveis. A inteligência artificial orientou desde a escolha do domínio até estratégias de tráfego, recomendando o uso de SEO e marketing de influência para atrair visitantes.

Para dar credibilidade ao site, Fall utilizou o DALL-E, outra ferramenta da OpenAI, para criar um logotipo profissional.

A combinação de automação e estratégia digital fez com que o projeto ganhasse notoriedade rapidamente. Com o aumento do tráfego, investidores começaram a demonstrar interesse, injetando capital na ideia e contribuindo para seu crescimento inicial.

Os lucros e o crescimento rápido

Em poucas semanas, o Green Gadget Guru começou a gerar receita por meio de programas de afiliados e publicidade online. O engajamento nas redes sociais também impulsionou as vendas, atraindo um público cada vez maior interessado em produtos sustentáveis.

Aos poucos, Fall conseguiu arrecadar mais de US$ 1.300 (R$ 8.060) em investimentos externos. O interesse era tão grande que um investidor chegou a oferecer US$ 100 (R$ 620) por 25% do negócio logo nas primeiras 24 horas. Outros aportes de até US$ 500 (R$ 3.100) também surgiram, ampliando a estrutura do projeto.

O crescimento acelerado fez com que, em pouco tempo, a empresa fosse avaliada em US$ 25.000 (R$ 155.000). No entanto, por trás dos números impressionantes, começaram a surgir falhas que comprometeriam o futuro do empreendimento.

Os problemas que levaram ao colapso

Apesar do entusiasmo inicial, a estrutura do Green Gadget Guru apresentava falhas evidentes. A promessa de um marketplace sustentável esbarrava em um problema básico: o site estava incompleto e exibia categorias vazias.

Em vez de produtos ecológicos, algumas páginas continham apenas textos genéricos e imagens ilustrativas.

Outro ponto crítico foi o blog da empresa, que deveria impulsionar o tráfego com conteúdos otimizados para SEO. No entanto, grande parte dos textos publicados eram placeholders, contendo o clássico “Lorem ipsum”, sem qualquer conteúdo real.

Com o tempo, a inconsistência ficou evidente para o público e investidores. A credibilidade do projeto começou a desmoronar, e as dúvidas sobre a viabilidade do modelo de negócios se intensificaram.

O fim da empresa e a falta de transparência

Dois meses após o lançamento, o Green Gadget Guru simplesmente saiu do ar. Usuários que tentavam acessar o site se deparavam com um erro 403, indicando que o domínio havia sido desativado ou abandonado.

Fall, que antes compartilhava detalhes do experimento em suas redes sociais, parou de fornecer atualizações sobre o projeto.

Além disso, não houve explicação sobre o destino dos mais de US$ 7.700 (R$ 47.740) arrecadados durante os primeiros dias do experimento.

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