Ibovespa fecha o último pregão de 2024 com leve alta; dólar cai

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta segunda-feira (30) com estabilidade, com variação positiva de 0,01%, aos 120.283,40 pontos. O dólar comercial caiu 0,22%, a R$ 6,17.

No último pregão do ano de 2024 o Ibovespa operou de lado durante o dia, enfrentando a baixa liquidez pré-réveillon. Os agentes do mercado financeiro estiveram atentos, sobretudo, ao resultado da dívida pública do mês de novembro e ao Relatório Focus, com as projeções para os principais indicadores econômicos no ano que vem. 

Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 1,22% e 1,46%, respectivamente. Já o Dow Jones caiu 1,00%.

No lado do câmbio, a sessão começou em baixa para o dólar, que logo virou para a rota de elevação, mas voltou a cair após mais uma intervenção do BC (Banco Central), que realizou o último leilão à visto do ano, vendendo US$ 1,815 bilhão.

A moeda norte-americana fechou o ano com valorização de 27%, o maior avanço desde a pandemia de Covid-19, em 2020, quando subiu 29%.

O dólar teve impulso da percepção de risco fiscal no Brasil, com o mercado vendo descontrole nas contas públicas, além da resiliência da economia dos EUA, mesmo com juros mais elevados no país.

Na economia, um dos destaques para o Ibovespa foi o déficit primário do setor público do Brasil, que fechou o mês de novembro em R$ 6,6 bilhões, segundo o BC. Enquanto isso, a dívida pública bruta do país em relação ao PIB foi de 77,7%, o que representa uma queda se comparado a outubro, quando era de 77,8%.

O valor foi menor que o esperado por economistas consultados pela “Reuters”, que previam saldo negativo de R$ 7 bilhões.

Além disso, a autarquia divulgou também a última edição do Boletim Focus deste ano, com novos aumentos nas expectativas para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), Selic (taxa básica de juros) e PIB (Produto Interno Bruto).

Para o IPCA, indicador oficial da inflação, o conjunto de economistas consultados pelo BC esperam o percentual de 4,96% em 2025, a décima elevação consecutiva nas expectativas. 

Para o PIB a projeção foi de queda, a 2,01%, enquanto que as estimativas para a Selic se mantiveram em 14,75%, mesmo patamar do Boletim Focus da semana passada.

No radar corporativo, a Brava Energia (BRAV3) foi um dos destaques do Ibovespa, com os investidores repercutindo o fato de que a empresa voltou a produzir no campo Papa-Terra, que estava paralisado desde setembro aguardando autorização da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

Além disso, outra ação também fechou o ano com bons estímulos e entrará em 2025 com o pé direito. É o caso da Embraer (EMBR3), o papel foi o que mais valorizou no Ibovespa este ano (100%) e chegará para o ano que vem com um pedido firme de de seis aeronaves de ataque leve e treinamento avançado A-29 Super Tucano para um cliente não revelado, como anunciou a empresa em comunicado nesta segunda-feira (30).

A AZUL (AZUL4) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 5,65%. Logo atrás, 3R Petroleum (BRAV3) e CSN Mineração (CMIN3) registraram altas de 4,03% e 3,39%, respectivamente.

Já na ponta negativa, Petz (PETZ3) liderou as perdas, caindo 3,13%. Em seguida, vieram  IRB Brasil (IRBR3) e  Ambev SA (ABEV3), com perdas de 2,83% e 2,73%.

Altas e Baixas do Ibovespa: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) 

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) avançaram 1,47% e 1,49%, respectivamente. Prio (PRIO3) valorizou 0,60%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) caiu 0,35%. Gerdau (GGBR4) registrou baixa de 1,09%. Usiminas (USIM5) valorizou 0,57%.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com baixa de 0,16% e alta de 0,25%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com valorizações de 0,08% e 0,80%, em sequência.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 0,15%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) avançaram 20,39%. Casas Bahia (BHIA3) valorizou 2,12%.

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