Tech Mix: minireview do Tab S9 FE, Call of Dragons e cursos gratuitos de IA

Steve Jobs disse uma vez: “Quem precisa de uma caneta? Ninguém quer uma caneta!” Aqui, ele se referia a styli (canetas) em dispositivos móveis menores, não ao Apple Pencil lançado oito anos depois. Cá estamos nós, vendo várias gerações de stylus, cada vez com mais potencial.

Custava deixar o Apple Pencil compatível com o iPhone? Ou oferecer uma versão dele que não precisasse recarregar? Melhor ainda: custava incluí-lo na caixa dos iPads? A Samsung faz tudo isso com o Galaxy Tab S9 FE. 😛

Minireview do Galaxy Tab S9 FE

No fim de 2023, eu resolvi aposentar o meu iPad de sexta geração — coitado, não aguentava mais o tranco. Talvez seja minha referência de poder de processamento — na época, com um iPhone 14 Pro Max e um MacBook Air (M1) —, mas dessa vez não queria um iPad, afinal, eu já tinha um iPhone grande e um notebook fino e bem portátil, então me aventurei mais uma vez no mundo Android. Dessa vez, durando bem mais que 48 horas. 😅

O modelo que escolhi foi o Tab S9 FE Wi-Fi. Não é a versão 5G, nem o modelo maior. Este é o modelo abaixo do Tab S9, com 128GB. Então, trouxe um rápido review dele, bem objetivo mesmo, dividido em:

  • Prós (likes)
  • Contras (dislikes)
  • Conclusão

Prós (likes)

Assim que tirei-o da caixa, eu fiquei impressionado em como ele é bonito e tem um ar moderno, especialmente na cor que escolhi (verde claro). Falando ainda na caixa, a caneta S Pen vem inclusa e, aqui no Brasil, também acompanha uma capa protetora branca que suja mais que os fones com fio da Apple. Linda, porém…

A tela de 10,9” não é AMOLED 1 como a do modelo mais caro, mas tem um ótimo equilíbrio de cores e a taxa de atualização é de 90Hz, o que me fez estranhar menos, após estar acostumado tanto tempo com o ProMotion do iPhone (120Hz). O volume é muito mais alto do que eu estava acostumado com o iPad, graças ao fato de a AKG ser hoje uma subsidiária da Samsung. Jogos rodam sem travar, a maioria dos apps era como se fosse no iPad, só que mais rápido.

Se eu me adaptei? Como se pede ajuda quando minha bolha é toda Apple? Não sabia nem por onde começar… para um peixe fora do mundo dos robôs verdes, tive minhas dificuldades por um longo tempo em redescobrir como eu teria o mesmo rendimento que o iPad me proporcionava. No entanto, me surpreendi com a comunidade Members, que é como se fosse o app Suporte da Apple com a comunidade online da Apple, em um só lugar. Me ajudou e curti bastante!

Contras (dislikes)

Alguns tablets eu vejo/testo e penso: “Será que alguém notaria se essa câmera sumisse?” A frontal do Tab S9 FE me faz pensar isso. Não que ela seja terrível, ela é boa, mas… é o meu primeiro dislike. Também não curti a falta de opção de 256GB ou maior — aparentemente, aqui no Brasil, a Samsung trouxe apenas o armazenamento de 128GB, mas aqui já resolvi um cartão microSD de 512GB.

As atualizações de software e as novidades me perdem um pouco, em seis meses já atualizei o device algumas vezes e sempre me pego fuçando para ver o que tem de novo. Legal, atualizei, mais proteção, mais correção, blá blá blá, mas não dá para fazer uma listinha de novidades? Ou está em algum lugar que eu não vi? É assim que usuários novos de iPhones se sentem? Enfim, não é uma reclamação necessariamente, só um check-point da aventura, digamos.

Mas o maior desafio de todos, no meu caso e de quem usa Android e iOS ou macOS, é a sincronização. Email e contatos? OK. No caso de senhas eu até usava o 1Password, mas parei de pagá-lo e voltei ao Senhas do iCloud. E eu que lute! O Notas do macOS, quando preciso ver no Tab, acabo abrindo pelo iCloud.com no navegador; WhatsApp até tem, mas iMessage mandou lembranças; fotos… não vou nem começar. Bom, acho que você entendeu a ideia. 

Conclusão

Mesmo com essa montanha-russa de (des)curtidas, estou bem satisfeito com minha experiência — até comprei uma capa teclado que aumenta muito a produtividade, uso bastante para esboço de textos (como este que você está lendo), redes sociais e vídeos (quando não tenho o computador por perto), e levo em viagens.

Pelo custo-benefício, recomendo a você que não quer pagar o valor de um iPad e quer um bom tablet para trabalho leve, estudos e anotações e/ou lazer. A versão Wi-Fi sai por volta de R$2.500 e o modelo com 5G, a partir de R$3.000.

E sabe uma coisa que eu faço no iPhone e no Tab S9 FE? Jogar…

Call of Dragons

Caraxes, Vhagar e Syrax não estão neste jogo, mas me sinto na dança dos dragões com personagens tão amáveis e detestáveis ao mesmo tempo, histórias complexas, táticas necessárias para a vitória e um CGI de dar inveja à HBO. OK, exagerei bastante nesta última, mas os gráficos das cutscenes, especialmente da inicial, são belos!

Call of Dragons é um game multijogador massivo online (ou MMO, se você prefere abreviações) de estratégia e guerra, comandando legiões diversas e seus mascotes de guerra para conquistar vitórias em um mundo de fantasia. Você pode montar legiões de cavaleiros, balistas, espadachins, vestais e celestiais. Essas legiões são controladas por 24 heróis com diferentes raridades, habilidades, personalidades, histórias e até uma voz para cada um. Esporadicamente, você pode ter diálogos com cada herói que você possuir e, conforme suas escolhas nos diálogos, pode receber recompensas excelentes, ou bem xexelentas, depende de você.

Cada vitória lhe ajuda a reunir recursos para expandir o seu reino. Você pode construir e melhorar edifícios, coletar recursos, entrar e colaborar em uma aliança, pesquisar tecnologias para aprimorar as suas técnicas e estatísticas, enviar um batedor para explorar o mundo, cumprir objetivos e missões, seguir o modo campanha… ufa! Não vai faltar o que fazer. Mas não se preocupe, o jogo não enfia goela abaixo de uma vez; tudo é disponibilizado gradativamente para que você aprenda o que fazer antes de descobrir uma nova função.

O que mais gosto em jogos assim é poder fechar a qualquer momento e retornar, com seu reino produzindo. As batalhas não são longas mas, se for, seu herói continua pra você. Sua coleta continua, sua missão não é perdida… deu para entender, né? Só peço cuidado: é viciante. Você pode baixar o game para iOS/iPadOS, Android ou PC.

Se sua vibe não for de games, você pode usar seu novo Tab S9 FE para aprender…

Cursos gratuitos de IA

Mais uma vez, a pauta inteligência artificial dando as caras aqui, mas agora de uma forma mais didática. Porque saber do que se trata, ler sobre, usar o ChatGPT (ou outro) para o básico, tudo bem… mas por que não misturar a teoria com a prática com cursos gratuitos e de qualidade, sem precisar de um investimento inicial?

A lista (da CNN) traz cinco cursos de diferentes sites com variadas abrangências à tão falada IA. Para acessar, basta clicar/tocar no nome de cada curso e seguir as instruções de cadastro ou da página.

  • Inteligência Artificial para simplificar o dia a dia: da EV.G com a ENAP, com uma carga horária de 4 horas, 4 módulos e certificação da ENAP.
  • Inteligência Artificial e o Novo Contexto da Cultura Digital: da Fundação Bradesco, são 20 horas de duração em 4 módulos.
  • Inteligência Artificial: da Eu Capacito com a IBM SkillsBuild, trazendo 7 módulos (sendo 2 com certificação) que somam quase 10 horas de conteúdo.
  • Inteligência artificial e Computacional: da Eu Capacito com a FIAP; são 8 horas em 8 capítulos, e com certificação.
  • Fundamentos para uma Carreira em IA Generativa: da Microsoft com o LinkedIn, certificando 5 horas de conteúdo divididos em 6 módulos.

Que inteligência artificial é tendência, você já sabe — mas aqui vai uma motivação: a procura pelo aprimoramento profissional nessa área não está crescendo tão rápido, na mesma velocidade que crescem as possibilidades e oportunidades com IA. Poderia ser uma parte motivacional da coluna, mas é só uma dica para você que leu até o final, de alguém que acompanha tantas empresas e palestras do assunto.

Até a próxima Tech Mix!

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Notas de rodapé

1    Active-matrix organic light-emitting diode, ou matriz-ativa de emissão de luz orgânica por diodos.
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