
O pedido da Suno Asset para destruir o material apreendido em seus escritórios, durante uma disputa com a Hectare Capital por alegada manipulação de mercado, foi negado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
Rui Cascaldi, desembargador da 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial, afirmou que, embora o processo que resultou na busca e apreensão dos celulares dos sócios da Suno tenha sido extinto no mês passado, o mérito da ação não foi julgado.
Sendo assim, o material deve ser preservado, por prudência, caso haja recurso ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), de acordo com a “Folha de S. Paulo”.
Uma operação judicial foi realizada nos escritórios da Suno em São Paulo, Porto Alegre e Goiânia, foi o que deu início à rivalidade entre as duas empresas, em fevereiro de 2023.
A acusação da Hectare é que a Suno realizou, em 2022, uma campanha difamatória para transferir cotistas do fundo HCTR11, administrado pela Hectare, para o Suno Recebíveis Imobiliários (SCNI11).
A Hectare entrou com um pedido antecipado de provas, que resultou na busca e apreensão nos escritórios da Suno. Porém, o processo foi extinto após a acusadora informar à Justiça, no decorrer do processo, que já tinha elementos comprobatórios.
Por isso, no mês passado, o Tribunal de Justiça de São Paulo extinguiu a ação de produção antecipada de provas.
Fundador da Suno Asset supostamente prejudicou cotação de fundo da Hectare
Uma mensagem enviada por Tiago Reis, empresário e fundador da Suno, a um advogado estava entre os elementos apresentados.
A pergunta de Reis, segundo os elementos, foi se a pessoa teria “algum ângulo para explorar” negativamente o HCTR11. de acordo com o veículo de notícias.
A receita da gestora Hectare era de R$ 30 milhões por ano, segundo ele, mas a cotação havia despencado quando especialistas da Suno criticaram publicamente o fundo.
Na época, a Hectare havia emitido notas do referido fundo ao mercado e estava em período de silêncio.
A Suno nega a alegação da Hectare, de que a movimentação de seus integrantes causou a queda no valor de mercado dos papéis.
O caso também está sendo investigado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) há dois anos e pela Polícia Federal.
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