Corte precisa ser de R$ 35 bi para queda na percepção de risco

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Dinheiro / Foto: Pixabay

Um pacote de medidas para o corte de gastos de pelo menos R$ 35 bilhões em 2026 é necessário para que percepção de risco fiscal diminua, disse o Itaú Unibanco em relatório. Já para cumprir o limite do arcabouço fiscal até 2026, o ajuste precisaria ser de R$ 60 bilhões, com R$ 25 bilhões ainda em 2025.

“Estimamos que o cumprimento do arcabouço em 2025 depende de ao menos R$ 25 bilhões de redução de despesas, podendo ser obtidos, por exemplo, com o sucesso das medidas de ‘pente-fino’”, afirma o relatório.

Com as medidas já anunciadas e as que são consideradas pelo governo, o banco estima que o corte efetivo de gastos pode ser de R$ 42 bilhões. Também afirma que o governo pode ganhar mais flexibilidade com algumas medidas, como a redefinição dos limites para gastos com saúde e educação.

“Além disso, julgamos que o pacote pode ser uma oportunidade para reduzir os receios quanto à iniciativas onerosas do ponto de fiscal, como a isenção do imposto de renda das famílias até R$ 5 mil, e ao aumento das criatividades contábeis e retorno de estímulos parafiscais, podendo, por exemplo, garantir que novas políticas públicas (como o programa ‘pé-de-meia’) e a expansão de políticas existentes (como o programa ‘vale-gás’) sejam contabilizadas de forma transparente e sujeita às regras fiscais vigentes”, afirma o relatório.

Fazenda nega pacotes de corte de gastos de R$10 bi e R$15 bi

Conforme informado pelo Ministério da Fazenda na tarde desta quinta-feira (7), as notícias que circularam de que o governo estaria avaliando um pacote de medidas de corte de gastos no valor de R$ 15 bilhões nas áreas da saúde e do transporte, e outro de R$ 10 bilhões em área não definida, não são verdadeiros. 

“Tal informação não corresponde ao que vem sendo debatido entre a equipe econômica, demais ministérios e a Presidência da República”, consta em nota divulgada pelo Ministério da Fazenda.

O mercado financeiro não reagiu bem à informação anterior, pois cortes de gastos nesses valores estariam muito abaixo do esperado para resolver a questão fiscal do Brasil. Com isso, o Ibovespa acelerou a queda e o dólar a alta no decorrer da sessão. 

O principal índice acionário brasileiro fechou com baixa de 0,51% e o dólar subiu levemente 0,02%, a R$ 5,67.

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