
O BTG Pactual (BPAC11) iniciou 2025 com lucro líquido ajustado de R$ 3,367 bilhões no primeiro trimestre, resultado 2,8% superior ao quarto trimestre de 2024 e 17% acima do registrado no mesmo período do ano anterior. O desempenho veio em meio a um ambiente macroeconômico que o próprio banco classifica como desafiador, marcado por volatilidade e incertezas globais.
A receita total do banco somou R$ 6,84 bilhões, levemente acima das expectativas do mercado, que previa R$ 6,819 bilhões, segundo dados da LSEG. O retorno ajustado sobre o patrimônio líquido (ROAE) anualizado ficou em 23,2%, mantendo-se estável em relação aos trimestres anteriores.
“A carteira de crédito manteve sua sólida expansão, crescendo 27% em relação ao ano anterior”, destacou o BTG em comunicado. Os ativos totais somavam R$ 608,4 bilhões ao final de março, avanço de 3,6% sobre o trimestre anterior. O índice de Basileia, que mede a solidez do capital do banco, encerrou o período em 15,4%.
A captação líquida de clientes (“net new money”) foi de R$ 105 bilhões de janeiro a março, reforçada pela conclusão da aquisição do Julius Baer no final de março, que adicionou aproximadamente R$ 60 bilhões aos ativos do grupo na área de gestão de patrimônio.
Destaques por área incluem:
- Corporate Lending & Business Banking: receita recorde de R$ 1,93 bilhão, alta de 5,6% no trimestre e 34,5% na base anual. O portfólio de crédito alcançou R$ 230,6 bilhões, com a carteira de pequenas e médias empresas (PMEs) somando R$ 28,3 bilhões.
- Asset Management: também bateu recorde de receita, atingindo R$ 735,3 milhões, avanço de 11,3% sobre o quarto trimestre. Os ativos sob gestão (AuM/AuA) cresceram 3,5% e chegaram a R$ 1,026 trilhão.
- Wealth Management & Personal Banking: receitas de R$ 1,05 bilhão, crescimento de 8,8% no trimestre e 19,2% em 12 meses, com forte captação líquida no período.
- Investment Banking: apresentou resiliência, com receitas de R$ 380,4 milhões, impulsionadas por operações de dívida (DCM).
- Sales & Trading: teve desempenho consistente apesar do cenário externo, com R$ 1,31 bilhão em receitas e Value at Risk (VaR) médio de 0,16%.
- Participações: receitas de R$ 289,7 milhões com destaque para Banco PAN e Too Seguros.
- As despesas operacionais totalizaram R$ 2,815 bilhões, com leve queda de 1,8% no trimestre, influenciada por menor provisão para bônus. O índice de eficiência foi de 37%, abaixo da média histórica da instituição.
Em abril, o BTG reforçou sua estratégia de crescimento com o anúncio da compra da JGP Wealth Management, um multi family office com R$ 18 bilhões sob gestão. A operação ainda depende de aprovação dos órgãos reguladores.
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