
O TikTok Shop foi oficialmente lançado no Brasil nesta quinta-feira, 8 de maio, marcando a entrada da plataforma de vídeos curtos no mercado de comércio eletrônico do país. O desembarque da nova plataforma de compras tem promessas de disputa com gigantes do e-commerce como Mercado Livre e Magazine Luiza.
A funcionalidade permite que usuários comprem produtos diretamente por meio de vídeos, transmissões ao vivo e vitrines interativas dentro do aplicativo. Segundo estimativas do banco Santander, a plataforma pode movimentar até R$ 39 bilhões em vendas no país até 2028, capturando entre 5% e 9% do mercado brasileiro.
Inicialmente, o TikTok Shop oferece quatro formas de interação para compras: vídeos compráveis, onde produtos são destacados em vídeos orgânicos; transmissões ao vivo, que possibilitam compras em tempo real durante lives de marcas e criadores de conteúdo; vitrines, áreas onde marcas e pequenas empresas podem organizar coleções de produtos; e, em breve, uma aba dedicada à loja, que reunirá todos os produtos de uma marca em um único local.
As categorias disponíveis no lançamento incluem moda, beleza, saúde, eletrônicos e esportes. Produtos populares, como as garrafas térmicas Stanley, já estão disponíveis na plataforma, que planeja expandir para novas verticais nos próximos meses.
A estratégia do TikTok Shop se baseia no conceito de “compra por descoberta”, onde os consumidores são expostos a produtos de forma orgânica enquanto navegam pelo conteúdo da plataforma, diferentemente das buscas ativas em marketplaces tradicionais. Essa abordagem visa impulsionar compras por impulso e aumentar o engajamento dos usuários com as marcas.
Outras empresas asiáticas se destacam no varejo
O episódio marca uma tendência cada vez maior de empresas de varejo asiático no mercado brasileiro A Shopee ganhou terreno no cenário nacional com uma estratégia B2C (venda direta ao consumidor) buscando aumentar seu ticket médio, segundo dados de análise do BTG Pactual. Até recentemente, a plataforma operava em um modelo C2C ( cliente para cliente).
Em 2023, a Shopee superou a Shein em GMV, alcançando cerca de R$ 20 bilhões, e se tornou a segunda maior plataforma de e-commerce em audiência no Brasil, ficando atrás apenas do Mercado Livre.
A Shein e a Temu, empresas que estão se tornando mais comuns no cotidiano de compras do brasiliero, estão aumentando o investimento em anúncios para o país, em resposta à guerra tarifária do presidente dos EUA, Donald Trump. A medida visa manter as margens de crescimento das empresas com um comércio global descentralizado.
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