China justifica suspensão de negócios com Boeing após tarifaço

He Yadong, porta-voz do Ministério do Comércio da China (Foto: Divulgação/Ministério do Comércio da China)

O governo chinês, justificou nesta terça-feira (29), que a suspensão das negociações com a empresa de aviação norte-americana Boeing se deu pelas tarifas empregadas ao país asiático pelo presidente Donald Trump. A decisão do republicano é considerada grave pelo governo chinês por ter impactado todo o setor aéreo internacional.

“A imposição de tarifas por parte dos Estados Unidos impactou gravemente a estabilidade da cadeia industrial e da cadeia de suprimentos globais”, declarou o Ministério do Comércio chinês. O representante ainda acrescentou que importantes empresas nos dois países foram fortemente prejudicadas, incluindo a Boeing.

O diretor executivo da Boeing, Kelly Ortberg, afirmou na semana passada que a China havia deixado de fazer negócios com a companhia, o que levou a uma forte desvalorização das ações da empresas nas bolsas americanas. A empresa planejava entregar 50 aviões  à China ao longo de 2025. O dirigente alertou que a Boeing “não esperará muito” para enviar as aeronaves a outros compradores.

O Ministério do Comércio chinês respondeu na terça-feira que “muitas empresas não têm conseguido realizar suas atividades normais de comércio e investimento devido às tarifas de Trump”. O presidente dos EUA criticou a China por sua decisão e afirmou que a decisão de suspender o comércio com a Boeing é um exemplo do que Pequim vem fazendo aos americanos durante anos.

O porta-voz do governo chinês assegurou que o país está disposto a continuar apoiando a cooperação empresarial entre empresas das duas nações. O governo de Xi Jinping aguarda a movimentação dos EUA para criar um ambiente favorável e previsível às atividades normais de comércio, acrescentou o representante. 

Boeing registra prejuízo de US$ 37 mi, menor do que em 2024

A Boeing registrou prejuízo líquido de US$37 milhões no primeiro trimestre de 2025, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (23). Apesar da baixa, o prejuízo foi menor do que o registrado no primeiro trimestre de 2024, quando a companhia teve déficit de US$355 milhões. 

Ajustado as ações, a fabricante de aviões norte-americana registrou déficit de US$0,49 por ação entre janeiro e março deste ano. Patamar menor do que os US$1,18 esperado por analistas da FactSet. 

A companhia teve acréscimo de 18% em sua receita anual para os primeiros três meses do ano, chegando a US$19,5 bilhões. A cifra também veio acima das expectativas de analistas que planejavam um montante de US$19,38 bilhões 

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