Mark Zuckerberg cogitou deletar todas as listas de amigos do Facebook em 2022

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, considerou em 2022 uma medida radical para tentar revitalizar o Facebook: apagar todas as listas de amigos da plataforma. A ideia de Zuckerberg surgiu em um momento de preocupação com a perda de relevância cultural da rede social, conforme revelam e-mails internos divulgados durante um julgamento antitruste nos Estados Unidos.

Zuckerberg, em 2022, questionava se o Facebook estava perdendo força frente a outras plataformas. Em suas palavras, a “relevância cultural estava diminuindo rapidamente”, o que o levou a cogitar ações drásticas para reconquistar o engajamento dos usuários. A proposta mais polêmica foi a de apagar todas as listas de amigos e dar aos usuários uma “folha em branco” uma vez por ano.

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Reprodução/Instagram

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Uma ideia “potencialmente louca”

A ideia, segundo os e-mails apresentados pela FTC (Comissão Federal de Comércio dos EUA), era vista pelo próprio Zuckerberg como “potencialmente louca”. Ainda assim, ele acreditava que uma mudança desse porte poderia gerar maior uso do Facebook, que vinha enfrentando desafios diante do crescimento de concorrentes como TikTok e das próprias plataformas da Meta, como Instagram e WhatsApp.

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Para minimizar o impacto de uma medida tão extrema, o CEO da Meta sugeriu testar a exclusão das listas de amigos em um país menor. A ideia era entender como os usuários reagiriam a um reset anual das suas conexões sociais. A estratégia foi vista como um risco, já que o principal apelo do Facebook sempre foi justamente sua capacidade de conectar amigos e familiares.

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Resistência interna e receios sobre a proposta

Tom Allison, chefe do Facebook à época, expressou ceticismo sobre a proposta. Para ele, a funcionalidade de amigos era uma das maiores forças da rede, e removê-la poderia ser desastroso. A contagem de amigos é um atrativo para muitos usuários, além de ser um indicador de engajamento social. Sem isso, a identidade da plataforma poderia ficar comprometida.

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Durante uma audiência realizada na última segunda-feira (14), o próprio Zuckerberg confirmou que a ideia não saiu do papel. Ele admitiu que a Meta nunca colocou o plano em prática. Em vez disso, a companhia redirecionou seus esforços para atualizar a experiência de uso do Facebook, incluindo mudanças estéticas e na interface.

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Facebook segue como prioridade dentro da Meta

Zuckerberg também reforçou que, embora Instagram e WhatsApp estejam em alta, uma queda significativa do Facebook afetaria negativamente toda a Meta. Por isso, a prioridade passou a ser modernizar a rede sem tomar decisões radicais. A aposta agora é no aperfeiçoamento contínuo e em manter o Facebook relevante para as novas gerações, sem apagar sua história social.

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Fonte: The Verge

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