BRB e Banco Master argumentam que operação não cria posição dominante no mercado

Banco de Brasília (BRB)
BRB compra Banco Master / Foto: Agência Brasília

O BRB (Banco de Brasília) e o Banco Master solicitaram ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) que a operação de compra seja analisada sob rito sumário. Nos ofícios enviados ao órgão, os bancos argumentam que a transação não implica eliminação da concorrência, não resulta na dominação de mercado relevante e tampouco cria ou reforça uma posição dominante.

O BRB anunciou, no fim de março, a intenção de adquirir 58% do capital social do Master, em uma operação que ainda precisa ser aprovada pelo Cade e pelo BC (Banco Central). O Cade deu publicidade ao ato nesta segunda-feira (5), por meio do DOU (Diário Oficial da União).

“A operação representa a constituição de um novo conglomerado com a oferta de um leque completo de produtos e serviços bancários, de seguridade, meios de pagamento e investimentos a pessoas físicas e jurídicas, além de presença a nível nacional e estrutura de governança, capital, liquidez, rentabilidade e conformidade regulatória compatíveis com o porte do novo conglomerado”, afirmam os bancos, de acordo com o Investing.

No primeiro documento enviado ao Cade, datado de 16 de abril, os bancos esclarecem que, após o encerramento da operação, o Banco Master terá como controladas diretas e indiretas as empresas Banco Master Múltiplo S.A., Will Holding Financeira S.A., Will Financeira S.A., Will Produtos S.A. e Maximainvest Securitizadora S.A.

As estratagemas de Esteves para atrapalhar operação Master-BRB

Como em um jogo de xadrez, em um movimento de xeque-mate, André Esteves, do BTG Pactual (BPAC11), marcou um encontro com Gabriel Galípolo, presidente do BC (Banco Central) para tentar obstruir a associação entre o Banco Master e o BRB, segundo o site “Relatório Reservado”.

Conforme apuração do site, um dos estratagemas adotados por Esteves para travar o negócio, pelos bastidores, tem sido através dos clientes do BTG, que têm sido bombardeados de recomendações de venda de sua posição em papéis do Banco Master.

Em um dos informes enviados por gestores de recursos do banco a investidores, o BTG afirmou que “percebemos que sua posição em CDBs do Master está acima do FGC. Encaminho uma opção de investimento para a sua avaliação. Podemos realocar uma parte”, de acordo com o veículo.

A mensagem termina dizendo: “Para você não ficar a descoberto caso ocorra algo com o banco [Master] e garantir a cobertura para os valores totais do FGC.”

Além disso, a apuração afirmou que, no mesmo dia, o BTG enviou aos clientes uma outra mensagem com os seguintes dizeres: “Você sabe qual é o limite da cobertura do FGC? O Fundo Garantidor de Créditos cobre até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, considerando o valor principal mais os juros, e por conglomerado financeiro, independentemente do custodiante, com um teto de R$ 1 milhão em um período de quatro anos. No BTG Pactual, você pode conferir diretamente no app se os seus investimentos estão dentro dessa cobertura.”

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