China e Tesla na corrida pela liderança do mercado de robôs humanoides

China, líder no mercado de veículos elétricos, está agora em uma corrida acirrada com a Tesla para desenvolver robôs humanoides movidos a bateria, com o objetivo de substituir trabalhadores humanos nas linhas de montagem de veículos elétricos.

Durante a Conferência Mundial de Robôs em Pequim, mais de vinte empresas chinesas exibiram seus robôs humanoides projetados para trabalhar em fábricas e armazéns. A China também demonstrou sua capacidade de produção em massa de peças de precisão necessárias para a construção desses robôs.

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A entrada da China nesse mercado emergente segue a mesma fórmula que impulsionou seu sucesso inicial no setor de veículos elétricos: apoio governamental, competição de preços implacável de novos entrantes e uma cadeia de suprimentos robusta.

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O esforço na área de robótica é apoiado pela política do presidente Xi Jinping de desenvolver “novas forças produtivas” em tecnologia. A cidade de Pequim lançou um fundo estatal de US$ 1,4 bilhão para robótica em janeiro, enquanto Xangai anunciou em julho planos para criar um fundo de US$ 1,4 bilhão para a indústria de humanoides.

Os robôs em exibição utilizam componentes de fornecedores domésticos que também impulsionaram o mercado de veículos elétricos, incluindo fabricantes de baterias e sensores. O Goldman Sachs prevê que o mercado global anual de robôs humanoides atingirá US$ 38 bilhões até 2035, com quase 1,4 milhão de unidades enviadas para aplicações industriais e de consumo.

“Efeito bagre” e a busca pela liderança em IA

Quando a Tesla abriu sua fábrica em Xangai em 2019, autoridades chinesas esperavam que a empresa tivesse um “efeito bagre” na indústria chinesa, ou seja, que a introdução de um grande concorrente faria com que os rivais chineses se esforçassem mais para acompanhar o ritmo. O robô Optimus da Tesla teve um efeito semelhante.

A Tesla apresentou o Optimus em 2021, e Elon Musk afirmou que ele poderia ser “mais significativo do que o negócio de veículos ao longo do tempo”. A empresa está usando uma abordagem de inteligência artificial para o Optimus, modelada em seu software “Full Self-Driving” para veículos elétricos.

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Robôs na linha de montagem: o futuro da produção em massa

A UBTECH Robotics, listada em Hong Kong, também está testando seus robôs em fábricas de automóveis. A empresa iniciou com a Geely e anunciou um acordo para testá-los em uma fábrica da Audi na China. A meta é alcançar a produção em massa no próximo ano, com até 1 mil robôs trabalhando em fábricas.

A geração atual de robôs de produção é liderada principalmente por empresas fora da China. No entanto, a China lidera o mundo em robôs de produção instalados em fábricas. O país pediu a produção em massa de robôs humanoides até 2025, mas isso começará em uma escala muito menor do que o necessário para transformar a produção de veículos elétricos.

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