A China anunciou que seus cientistas conseguiram produzir água a partir do solo lunar, um avanço que pode ter implicações significativas para a ambição do país de estabelecer uma base permanente na Lua. A descoberta, divulgada pela emissora estatal CCTV, envolve a utilização de amostras trazidas à Terra pela missão Chang’e-5 em 2020.
Pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências identificaram a presença de grandes quantidades de hidrogênio nos minerais do solo lunar. Ao aquecer esses minerais a altas temperaturas, o hidrogênio reage com outros elementos, gerando vapor d’água. A CCTV afirmou que esse método inovador pode ser crucial para o desenvolvimento de futuras estações de pesquisa lunar e até mesmo estações espaciais.
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A possibilidade de produzir água na Lua é um passo importante para viabilizar a presença humana de longo prazo no satélite natural da Terra. A água não apenas é essencial para a sobrevivência dos astronautas, mas também pode ser utilizada para produzir combustível de foguete, abrindo caminho para missões mais ambiciosas, como a exploração de Marte.
A China tem investido pesadamente em seu programa espacial, com o objetivo de se tornar uma potência líder na exploração lunar. A descoberta da água lunar fortalece essa ambição e coloca o país em uma posição vantajosa na corrida espacial com os Estados Unidos.
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China vs EUA
A NASA, agência espacial americana, tem expressado preocupação com os avanços rápidos da China no espaço e a possibilidade de Pequim dominar os recursos lunares. O administrador da NASA, Bill Nelson, alertou repetidamente sobre essa questão, enfatizando a importância de os Estados Unidos manterem sua liderança na exploração espacial.
A China estima que uma tonelada de solo lunar possa gerar entre 51 e 76 kg de água, o suficiente para abastecer 50 pessoas por um dia. Essa descoberta animadora impulsiona os planos da China de construir a Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS) em parceria com a Rússia.
A agência espacial chinesa planeja estabelecer uma base básica no polo sul lunar até 2035 e uma estação espacial em órbita da Lua até 2045. O anúncio da produção de água na Lua coincide com a chegada de novas amostras lunares trazidas pela missão Chang’e-6 em junho.
Diferentemente da Chang’e-5, que coletou amostras do lado próximo da Lua, a Chang’e-6 explorou o lado afastado do satélite, que nunca é visível da Terra. Essa nova leva de amostras pode revelar ainda mais segredos sobre a Lua e seus recursos, impulsionando a pesquisa científica e a exploração espacial.
A água lunar tem um potencial que vai além de sustentar a vida humana na Lua. Bill Nelson, da NASA, afirmou que a água lunar pode ser utilizada para produzir combustível de foguete de hidrogênio, abrindo portas para missões espaciais mais distantes, como a exploração de Marte e outros destinos no sistema solar.
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Fonte: Folha
