
Segundo projeções do UBS BB, publicadas recentemente, a Selic (taxa básica de juros) deve ser mantida em 14,75% ao ano pelo Copom (Comitê de Política Monetária) na próxima reunião, marcada para quarta-feira (18).
O time de analistas do UBS apontou que, em seu último comunicado, o BC (Banco Central)afirmou que “o comitê seguirá vigilante”.
O UBS observa que, desde 2019, sempre que o BC utilizou essa expressão, o encontro seguinte do Copom não resultou em mudanças na Selic.
“Portanto, acreditamos fortemente que o BC parou o ciclo de alta e vai adotar uma abordagem ‘high for long’”, diz o documento, de acordo com o InfoMoney, em referência à perspectiva de juros altos por um período prolongado.
Perspectivas para a Selic e a inflação
Na visão do UBS BB, a principal questão agora é a partir de quando o BC iniciará um ciclo de redução dos juros — o que, na avaliação do banco, não deve ocorrer antes de abril de 2026, para que a inflação convirja à meta de 3% no horizonte relevante da política monetária. Um cenário alternativo seria um corte já em março, com maior probabilidade do que em junho, destacam os analistas.
“Acreditamos que, quando o BC começar a cortar a Selic, adotará um ritmo de 50 pontos-base por reunião, com a taxa encerrando 2026 em 11,75% e possivelmente atingindo 9% no longo prazo”, aponta o documento do UBS BB.
A instituição projeta que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ficará acima da meta em 2025 e também em 2026, com altas de 5% e 4%, respectivamente.
Relembre: ata do Copom alerta para inflação resistente e cenário externo incerto
O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) alertou que o cenário inflacionário segue desafiador e exige uma política monetária “significativamente contracionista por período prolongado”.
A avaliação consta na ata da última reunião do comitê, realizada nos dias 6 e 7 de maio, quando a taxa básica de juros, a Selic, foi elevada em 0,50 ponto percentual, passando para 14,75% ao ano.
O aumento da Selic, aprovado por todos os membros do comitê, levou os juros ao maior patamar registrado desde 2006 — o mais alto em quase vinte anos.
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