Fé em movimento

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Quando se fala em ter fé, há necessidade de desenvolver no íntimo de nossa alma esta força. Imediatamente pode surgir a   questão: o que é fé? De nossa parte, neste pequeno espaço jornalístico, não temos nenhuma intenção de responder a tal pergunta de modo definitivo. Mas podemos afirmar, com convicção equilibrada, que fé é a aplicação dos ensinamentos de Jesus, objetivando o crescimento espiritual em nosso coração.

Reverenciamos a Providência Divina, em Jesus Cristo depositamos convicta esperança, admiramos emocionados as virtudes santificantes e acreditamos na força poderosa do bem, contudo se temos as mãos paralisadas na inação e nada realizamos em bem do próximo, nossa crença nada mais é que uma alegoria. É Tiago quem nos orienta: “Meus irmãos, se alguém disser que tem fé, mas não tem obras, que lhe aproveitará isso? Acaso a fé poderá salvá-lo?” (2:14). Possuir fé será sempre trazer consigo uma crença religiosa, no entanto, cultivar a fé significa muito além do crer, é observar com segurança e ter compromisso com a execução de uma tarefa benemérita. Porque o trabalho benemerente é a mais potente forma de resgatarmos as falhas do passado. E ninguém salda uma dívida por simplesmente elogiar o credor.

A crença religiosa é o meio, e a caridade é o fim.

Crer é o mesmo que acreditar e ter confiança e certeza no amparo divino que ilumina a percepção, levando-nos a melhor entender o que se passa a nossa volta e nos inspirando com boas e construtivas ideias na solução das inúmeras dificuldades.

O espírito Emmanuel, através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier, afirma: “De que teria valido a exaltação exclusiva da fé, se não para a glória da vida? Não te creias desse modo, em comunhão com a divina Majestade, simplesmente porque te faças
cuidadoso no culto externo da religião que te afeiçoas. Conhecimento nobre exige atividade nobre. Elevação espiritual é também dever de servir ao eterno Pai na pessoa dos semelhantes.”

Não se trata dessa ou daquela crença religiosa ou ideologia política, o trabalho em benefício do próximo é dever de todo aquele que minimamente é capaz de enxergar a dor do próximo, fazendo o bem sem olhar a quem.

“É por isso que a fé e obras se completam no sistema de nossas relações com a Vida Superior. Prece e trabalho, cultura e caridade, ideal e realização. Nesse sentido, Jesus é o exemplo indiscutível. Não se limitou o Senhor a simples glorificação de Deus nos Paços Divinos, quanto à edificação dos homens. Por amar infinitamente a Deus, na sublime tarefa que lhe foi cometida, desceu à esfera dos homens e entregou-se à obra do amor infatigável, levantando-nos da sombra terrestre para a Luz Espiritual.”

*Iriê Salomão de Campos – Comunidade Espírita “A Casa do Caminho”

 

 

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