BB-BI abandona cobertura de ações de Gol e Azul

Projeções, recomendações e preços alvos para o final de 2025 de Gol e Azul não são mais válidas(Foto: Nafis Al Sadnan/Unplash)
Projeções, recomendações e preços alvos para o final de 2025 de Gol e Azul não são mais válidas(Foto:
Nafis Al Sadnan/Unplash)

O Banco do Brasil Investimento (BB-BI) anunciou na sexta-feira (6) que não irá mais participar das coberturas de ações da Gol (GOLL4) e da Azul (AZUL4). Ambas estão passando por processo de reestruturação com base no Chapter 11, nos EUA.

A subsidiária do Bando do Brasil explica que a partir da sexta-feira se tornaram inválidas as projeções, recomendações e preços alvos para o final de 2025, divulgados para ambas as companhias. Não há prejuízo para as demais ações que compõem a cobertura do setor de Indústria, Transporte e Logística, disse o banco ao E Investidor.

Gol deixa recuperação judicial nos EUA

A Gol (GOLL4) abandonou nesta sexta-feira (6) o processo de recuperação judicial nos EUA. Empresa também iniciou o processo de reestruturação com base no Chapter Eleven, afirmou o E Investidor.

Em recuperação judicial desde 2024, a Gol foi a segunda empresa brasileira a pedir proteção judicial nos EUA e reestruturação com base no Chapter 11. A medida se deu após o atraso na entrega de aeronaves motivado pela pandemia de Covid-19. Os documentos da reestruturação foram entregues hoje por advogados em Nova Iorque. Valor final da controladora foi fixado em US$1,3 bilhão.

Celso Ferrer, CEO da GOL, afirma que o setor de aviação brasileiro é difícil, mas que planeja um expansão da companhia. “Estamos saindo super fortes. É um plano de cinco anos que se sustenta. A gente fez esse plano sem contar com a ajuda do governo”, disse Ferrer. “Precisamos (o setor aéreo) de uma agenda mais estruturante para resolver a longo prazo esse setor. O que eu coloquei no meu plano é um crescimento, sim, mas se a gente olhar para o potencial que tem o Brasil, ele poderia ser muito maior.” disse à Reuters.

O plano da empresa é maximizar a capacidade das aeronaves, mantendo os custos baixos e recuperando a escala pré-pandemia. “Nossa meta é atingir a capacidade que tínhamos em 2019 até 2026. Portanto, só depois de sete anos é que retornaremos ao tamanho que tínhamos no mercado doméstico”, disse Ferrer. “Durante a crise, tivemos até 30 aeronaves paradas e teremos zero até o primeiro trimestre de 2026.”

A Gol agora detém aproximadamente US$900 milhões em reservas de caixa e planeja receber cinco aeronaves Boeing (NYSE:BA) 737 MAX ainda em 2025.

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