O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou romper todos os contratos federais com as empresas de Elon Musk após ser duramente criticado pelo bilionário. Musk classificou o novo plano fiscal de Trump como um desastre para a economia e para a inovação.
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O PROJETO FISCAL QUE ACENDEU A CRISE
O atrito entre os dois ex-aliados ganhou força após a proposta do projeto “One Big Beautiful Bill Act”, apresentada por Trump. O texto prevê a eliminação de incentivos fiscais para carros elétricos, o que atinge diretamente a Tesla, principal empresa automotiva de Musk.
Em declarações públicas, Musk chamou o projeto de “abominação repugnante” e alertou que a medida pode aumentar o déficit dos EUA em US$ 2,4 trilhões até 2034. Ele também afirmou que o corte nos incentivos prejudica a competitividade da indústria americana de tecnologia limpa.

A RESPOSTA AGRESSIVA DE TRUMP
A resposta de Trump foi imediata. Em discurso recente, o presidente disse que Elon Musk “pirou” e prometeu cortar “bilhões e bilhões de dólares” em contratos públicos com empresas como Tesla, SpaceX e Starlink, classificando-as como dependentes do governo.
A ruptura foi selada com a saída oficial de Musk do Departamento de Eficiência Governamental, conforme anunciado quando Musk deixou o governo Trump e encerrou sua colaboração com a Casa Branca.
IMPACTOS NAS EMPRESAS DE MUSK
Segundo o Financial Times, a tensão já provocou danos reais. As ações da Tesla caíram mais de 13% desde o início da crise. Além disso, Jared Isaacman, aliado de Musk, teve sua nomeação para chefiar a NASA retirada após pressão da Casa Branca.
Musk rebateu as ameaças lembrando que apoiou financeiramente a campanha de Trump em 2024. Ele afirmou ter investido mais de US$ 250 milhões na vitória republicana e disse que, sem ele, Trump teria perdido as eleições.
Apesar das turbulências políticas, Musk mantém sua estratégia de longo prazo. Ele declarou que aviões militares devem ser substituídos por drones, ampliando sua aposta na defesa automatizada.

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ESCÂNDALO SEXUAL E ESCALADA DAS ACUSAÇÕES
O conflito escalou ainda mais quando Musk afirmou publicamente que Trump está entre os nomes citados nos arquivos do financista Jeffrey Epstein, acusado de comandar uma rede de exploração sexual de menores. Musk sugeriu que a omissão das autoridades sobre a divulgação dos nomes ocorre porque o presidente faz parte dessa lista, e que por isso não há investigações consistentes contra ele, em uma acusação que aprofundou ainda mais a crise.
As tensões também atraíram outros bilionários para o centro da polêmica. Bill Gates, por exemplo, acusou Musk de estar “matando crianças pobres” ao pressionar contra subsídios voltados para programas de energia sustentável em países em desenvolvimento.
MUSK REIVINDICA CRÉDITO POR VITÓRIA ELEITORAL DE TRUMP
Em meio à escalada da crise entre os dois bilionários, Elon Musk afirmou que Donald Trump só venceu a eleição presidencial de 2024 graças ao seu apoio financeiro e estratégico. Segundo o empresário, sua influência foi determinante para garantir a vitória do republicano nas urnas. “Sem mim, Trump teria perdido a eleição”, declarou Musk em entrevista, reiterando que doou centenas de milhões de dólares para a campanha e mobilizou sua base digital a favor do então candidato.

A declaração, publicada no mesmo dia em que Trump ameaçou cortar os contratos públicos com as empresas de Musk, amplia ainda mais a tensão política entre ambos. Musk também afirmou que seus investimentos em plataformas como o X (antigo Twitter) e sua presença em debates públicos foram decisivos para a reeleição do presidente.
FORTUNA, INFLUÊNCIA E PRESSÃO SOCIAL
Mesmo sob fogo cruzado, Elon Musk segue como o homem mais rico do mundo pelo segundo ano consecutivo, com uma fortuna de US$ 342 bilhões, de acordo com novo ranking. O poder financeiro de Musk segue sendo um fator de influência política e econômica global.
No campo social, movimentos como o “Tesla Takedown” intensificaram críticas a Musk, promovendo boicotes e alegando que o empresário utiliza sua fortuna para moldar políticas públicas em benefício próprio.
DISPUTA QUE COLOCA OS EUA EM XEQUE
Analistas veem na disputa entre Musk e Trump uma batalha que ultrapassa o campo pessoal. Com impactos em contratos governamentais, defesa nacional, política energética e imagem internacional, o confronto pode influenciar eleições e decisões estratégicas dos EUA nos próximos anos.
A relação entre Estado e empresas de alta tecnologia vive um momento delicado. O desfecho desse embate entre dois dos homens mais poderosos do mundo permanece imprevisível.

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Via: g1