Moedas Globais: dólar sobe com alívio nas tensões comerciais e dados fortes nos EUA

O dólar opera em alta nesta terça-feira, 27, tentando recuperar parte das perdas recentes e levando o índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de pares fortes, a oscilar na faixa de 99 pontos. O movimento é impulsionado pelo alívio nas tensões comerciais entre Estados Unidos e União Europeia (UE) e por dados econômicos acima do esperado.

O índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de moedas fortes, subia 0,41%, a 99,521 pontos, após o feriado do Memorial Day nos EUA na segunda-feira. Por volta das 16h50 (horário de Brasília), o dólar avançava a 144,27 ienes, enquanto o euro caía para US$ 1,1337 e a libra era negociada em queda, a US$ 1,3513.

O fortalecimento da moeda norte-americana vem após o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar o adiamento das tarifas de 50% sobre produtos da UE. Uma porta-voz da Comissão Europeia afirmou que concordaram em “acelerar as negociações comerciais”, o que contribuiu para o alívio no mercado.

Outro fator de suporte veio do índice de confiança do consumidor nos EUA, que subiu para 98 em maio, superando as projeções dos analistas. “O dado mostra que as famílias americanas estão dispostas a avançar, mesmo diante do cenário de tarifas anunciadas pelo governo Trump”, disse Stephen Stanley, economista-chefe do Santander.

O iene segue pressionado diante de especulações de que o governo japonês poderá rever seu plano de emissões para conter a alta dos juros dos títulos ultralongos. “O recuo do iene, após a queda nos rendimentos de longo prazo no Japão, pode se aprofundar, mas tende a ser limitado”, avalia Derek Halpenny, do MUFG Bank.

Já o dólar australiano tende a se valorizar frente à moeda americana, apoiado por melhores expectativas de crescimento econômico na Austrália em comparação com os EUA. “Com o atual descolamento entre moedas e juros, as projeções de crescimento devem ganhar mais peso nas tendências de câmbio”, afirma Olivier Korber, estrategista do Société Générale.

O euro também pode ganhar tração caso autoridades da região continuem a defender a moeda como uma alternativa viável ao dólar, segundo Francesco Pesole, do ING. Já a libra esterlina continua em perspectiva de alta, apoiada pela abordagem cautelosa do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) em relação ao ciclo de cortes de juros, avalia Enrique Diaz-Alvarez, economista da Ebury.

*Com informações da Dow Jones Newswires

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