A Meta está recrutando adultos para gravar sorrisos, movimentos e conversas, oferecendo US$ 50 por hora, como parte de um esforço para impulsionar o desenvolvimento de avatares hiper-realistas em realidade virtual e aumentada.
O projeto, conhecido como Project Warhol, é conduzido pela Appen, empresa especializada em coleta e rotulagem de dados, que identifica a Meta como cliente nos termos de consentimento.

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O que é o Project Warhol
O Project Warhol visa a coleta de expressões faciais, movimentos corporais e interações sociais, informações essenciais para treinar os Codec Avatars, iniciativa da Meta desde 2019 para criar réplicas digitais fotorrealistas em tempo real.
Os participantes são convidados a comparecer ao centro de pesquisa da Meta, em Pittsburgh, a partir de setembro, para duas frentes de estudo: “Human Motion” e “Group Conversations”.
Como funcionam os estudos
Na vertente “Human Motion”, os voluntários são registrados enquanto imitam expressões, leem frases e fazem gestos, enquanto sensores capturam seus movimentos de múltiplos ângulos.
Já em “Group Conversations”, grupos de até três pessoas participam de conversas informais e improvisações, permitindo aos pesquisadores capturar fala natural, microexpressões e gestos típicos de interações sociais.

O papel dos Codec Avatars
Os Codec Avatars são peça-chave na visão da Meta de “telepresença métrica”, conceito que visa tornar as interações virtuais indistinguíveis da realidade.
A empresa acredita que esses avatares podem alavancar a próxima geração de produtos como os headsets Quest e os óculos inteligentes Ray-Ban, fortalecendo o metaverso.

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Um ano decisivo para a Meta
O Project Warhol acontece em um ano crucial para a Meta. Segundo Andrew Bosworth, CTO da empresa, 2025 será determinante para o sucesso ou fracasso do metaverso.
Em um memorando interno, Bosworth alertou que os investimentos bilionários podem ser lembrados como uma “aventura lendária” ou uma “desventura”.
Prejuízos e reestruturação
Desde 2020, a divisão Reality Labs, responsável por avatares, headsets e óculos inteligentes, acumula prejuízos superiores a US$ 60 bilhões, incluindo uma perda recorde de US$ 4,97 bilhões no quarto trimestre de 2024.
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Em abril, a Meta demitiu parte dos funcionários da Reality Labs, afetando equipes de jogos VR e do app fitness Supernatural. Poucas semanas depois, Dan Reed, COO da divisão, anunciou sua saída após quase 11 anos na empresa.
Por que “Project Warhol”?
O nome do projeto homenageia Andy Warhol, artista nascido em Pittsburgh, conhecido por dizer que “todos terão 15 minutos de fama”. Agora, a Meta convida voluntários a deixar seu legado digital, participando da construção dos avatares do futuro.
A corrida pela coleta de dados
Além do Project Warhol, a Meta já utilizou trabalhadores terceirizados para treinar sua IA, como no caso de testes emocionais com chatbots realizados via a Scale AI.
Esse tipo de coleta não é exclusividade da Meta. A Tesla, por exemplo, ofereceu até US$ 48 por hora para operadores usarem trajes de captura de movimento e headsets VR para ajudar no treinamento do robô humanoide Optimus.

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Fonte: Insider