A Microsoft anunciou dia 20 a incorporação dos modelos de inteligência artificial Grok 3 e Grok 3 mini, desenvolvidos pela xAI, de Elon Musk, à sua plataforma de nuvem Azure. A novidade foi revelada durante a conferência anual Build 2025 e marca um novo movimento da empresa na corrida global por soluções de IA generativa avançada.
Com a adição dos modelos da xAI, o Azure AI Foundry passa a oferecer mais de 1.900 variantes de IA para desenvolvedores, somando-se às opções já disponíveis de casas como OpenAI, Meta e DeepSeek. Por ora, modelos do Google e da Anthropic ainda não fazem parte do catálogo.
Além de ampliar o leque de modelos disponíveis, a Microsoft apresentou avanços significativos em agentes inteligentes, com foco na criação, orquestração e monitoramento dessas tecnologias. A nova arquitetura se apoia no MCP (Model Context Protocol), que permite que agentes interajam entre si e com serviços diversos, como GitHub, Windows e Copilot Studio, executando tarefas complexas de forma autônoma.
Microsoft: quer evitar a fragmentação
A interoperabilidade desses agentes é um dos pilares do projeto, com o objetivo de evitar a fragmentação de sistemas e facilitar o desenvolvimento de soluções integradas. Uma das principais novidades é o NLWeb, um projeto de código aberto que permite a criação de interfaces conversacionais para a web baseadas em linguagem natural, dando início a uma nova era de navegação digital orientada por IA.
A Microsoft também reforçou seu compromisso com segurança e governança. Entre os destaques está o Entra Agent ID, funcionalidade em prévia que atribui identidades únicas a cada agente criado dentro do Azure ou do Copilot Studio, ajudando a controlar sua proliferação e garantindo rastreabilidade. Ferramentas integradas de compliance ajudam a assegurar que os agentes respeitem normas corporativas e legislações de proteção de dados.
Musk
Elon Musk participou do evento de forma virtual. Recentemente, sua empresa xAI esteve envolvida em uma controvérsia após o Grok, chatbot lançado no X (antigo Twitter), reproduzir conteúdos ligados a teorias conspiratórias. Segundo a empresa, o problema foi causado por uma modificação não autorizada e medidas foram prometidas para garantir mais transparência no funcionamento do sistema.
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