
A economia brasileira iniciou 2025 com desempenho positivo. O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 1,6% no primeiro trimestre em relação aos três meses finais de 2024, segundo estimativa divulgada nesta segunda-feira (19) pelo Monitor do PIB, levantamento mensal do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
Na comparação com o mesmo período do ano passado, a atividade econômica avançou 3,1%. Já no acumulado de 12 meses, o crescimento estimado é de 3,5%. Em valores correntes, o PIB do primeiro trimestre foi estimado em R$ 3,393 trilhões.
Os dados do Monitor do PIB servem como uma prévia do resultado oficial, calculado e divulgado trimestralmente pelo IBGE, que apresentará o número consolidado do primeiro trimestre em 30 de maio.
Setores em destaque
Segundo Juliana Trece, economista e coordenadora da pesquisa, o grande destaque do início de 2025 foi a agropecuária, com crescimento expressivo de 12,2% no primeiro trimestre. O setor de serviços, que representa a maior parcela do PIB, também teve papel relevante, com avanço de 1,3% no período.
“Esse desempenho reverte a tendência de enfraquecimento da atividade econômica observada desde o terceiro trimestre de 2024”, destacou Trece. No fim do ano passado, o crescimento trimestral havia sido praticamente nulo, com alta de apenas 0,1%.
As exportações também contribuíram positivamente, registrando crescimento de 2,8% no primeiro trimestre, puxadas especialmente pelos produtos agropecuários.
Por outro lado, a indústria teve desempenho fraco, com destaque negativo para a indústria de transformação — segmento que responde pela maior parte da atividade industrial e que apresentou retração. “Apesar do crescimento em outros ramos da indústria, essa queda acabou pesando no resultado agregado do setor”, explicou a economista.
Consumo e investimentos
O Monitor do PIB também mostra sinais de moderação no consumo das famílias e nos investimentos. O consumo familiar cresceu 2,7% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2024, abaixo da alta de 3,7% registrada no quarto trimestre do ano passado.
Já a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), indicador que mede os investimentos em máquinas, equipamentos e construção, cresceu 6,9% na comparação anual, mantendo a tendência de desaceleração em relação aos trimestres anteriores — no terceiro trimestre de 2024, por exemplo, a expansão havia sido de 10,8%.
Outro indicador confirma expansão
Além da FGV, o Banco Central também divulgou nesta segunda-feira o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), outro termômetro do desempenho da economia. O indicador mostrou crescimento de 1,3% no primeiro trimestre em relação ao trimestre anterior e avanço de 4,2% no acumulado de 12 meses.
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