Em entrevista concedida nesta segunda-feira (19), o presidente da Anatel, Carlos Baigorri, confirmou que a agência prepara o leilão das faixas de frequência do 6G para outubro de 2026. A Anatel planeja lançar a consulta pública sobre o tema já em agosto deste ano.
A expectativa é que, assim como aconteceu com o leilão do 5G em 2021, o processo para a nova geração da conexão sem fio seja célere. Na época, o edital foi publicado menos de 40 dias antes da realização do certame, que movimentou mais de R$ 47 bilhões.
Segundo a Anatel, o leilão das frequências do 6G — responsáveis por transmitir os dados de forma ultra-rápida — pode ocorrer já em 2026, caso o cronograma siga a mesma dinâmica. A rede de sexta geração deve garantir maior velocidade, menor latência e conectividade mais eficiente em todo o país.
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Leilão pode movimentar bilhões
Durante um evento recente, o conselheiro substituto da Anatel, Vinicius Caram, estimou que o leilão do 6G possa gerar cerca de R$ 50 bilhões em investimentos no setor de telecomunicações.
Apesar disso, Carlos Baigorri afirma que ainda é cedo para cravar valores definitivos. Segundo ele, os números finais dependerão de fatores como a consulta pública, deliberações com o Tribunal de Contas da União (TCU) e definição das metas do edital.
“Em termos de valor, isso é uma avaliação preliminar do Vinícius [Caram]. Isso só será definido após a consulta pública, discussão com Tribunal, definição das metas”, disse Baigorri em entrevista à CNN Brasil.
O edital do leilão será elaborado após a análise das contribuições públicas. A expectativa é que operadoras e empresas de tecnologia demonstrem interesse antecipado para garantir espaço em uma infraestrutura que promete transformar a conectividade no Brasil.
Como funciona o leilão
No leilão, as empresas disputam o direito de utilizar faixas específicas do espectro eletromagnético. Essas faixas funcionam como “pontes” que permitem o tráfego de dados — e são fundamentais para a oferta do serviço de internet móvel e de outros tipos de conexão.
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Na edição anterior, realizada em 2021 para o 5G, foram disponibilizadas as faixas de 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz. Agora, o foco será em novas frequências compatíveis com os padrões internacionais do 6G, que ainda estão em fase de definição.
Benefícios do 6G: o que esperar da nova era da conectividade
A chegada da tecnologia 6G promete uma revolução ainda maior do que o salto proporcionado pelo 5G. Entre os principais benefícios previstos estão:
- Velocidade de até 100 vezes maior que o 5G
- Latência ultrabaixa, próxima de zero, permitindo respostas em tempo real
- Conectividade massiva, com suporte a bilhões de dispositivos simultaneamente
- Integração com inteligência artificial e computação quântica, viabilizando aplicações avançadas
- Conexões mais estáveis em áreas remotas e urbanas densas, com menor risco de queda de sinal
- Maior eficiência energética e menor impacto ambiental
Além disso, o 6G poderá impulsionar tecnologias emergentes como cidades inteligentes, veículos autônomos, realidade estendida (XR), robótica industrial de precisão e redes holográficas.
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Brasil na corrida global do 6G
Com o cronograma já sendo estruturado pela Anatel, o Brasil se coloca em posição competitiva na corrida global pelo desenvolvimento do 6G. Países como China, Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão já iniciaram testes e pesquisas sobre a tecnologia.
A consulta pública prevista para agosto será uma oportunidade para especialistas, operadoras e empresas de tecnologia contribuírem com sugestões e análises técnicas, ajudando a moldar o futuro da conectividade no país.
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Fonte: CNN
