
O Ministério da Agricultura e Pecuária está investigando três locais com suspeitas de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves cujas doenças-alvo são gripe aviária e Doença de Newcastle, nos estados de Minas Gerais, Ceará e Tocantins, ainda sem resultados laboratoriais conclusivos. O Governo de Minas divulgou, neste sábado (17), que realizou uma reunião emergencial para tratar o tema influenza aviária e anunciou o descarte de 450 toneladas de ovos e outros materiais rastreados e trazidos para Minas Gerais a partir de uma granja comercial da cidade Montenegro (RS), local do registro do primeiro foco do problema no Brasil.
De acordo com o órgão, as cidades alvo de investigação são Sabará (MG), Salitre (CE) e Aguiarnópolis (TO). Todos procedimentos estão sendo realizados em galinhas, conforme o ministério. O município mineiro de Sabará fica localizado na região metropolitana de Belo Horizonte, a cerca de 20 quilômetros da capital do estado. Conforme o último Censo, do IBGE, a cidade possui 129.380 habitantes.
A Tribuna entrou em contato com a Prefeitura de Sabará e irá atualizar esta matéria em caso de posicionamento.
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Ainda segundo o balanço do Ministério da Agricultura e Pecuária, duas investigações realizadas este mês tiveram resultado laboratorial positivo para vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade, mas em nenhuma amostra foi detectada a Doença de Newcastle.
Do dia 18 de abril a 17 de maio, o ministério informa que foram realizadas 59 investigações, sendo 16 classificadas pelo médico veterinário oficial como casos prováveis da síndrome. Por isso, obrigatoriamente são coletadas amostras para diagnóstico laboratorial.
Foco de gripe aviária foi identificado no RS
O Brasil registrou seu primeiro foco de gripe aviária (influenza aviária de alta patogenicidade, IAAP) em uma granja comercial. O caso foi confirmado na quinta-feira (15), em Montenegro, na região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
“Esse é o primeiro foco de IAAP detectado em sistema de avicultura comercial no Brasil. Desde 2006, ocorre a circulação do vírus, principalmente na Ásia, África e no norte da Europa”, informou o ministério.
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A pasta declarou emergência zoossanitária no município de Montenegro por 60 dias em virtude da detecção do caso. O estado sanitário é válido para um raio de 10 km ao redor do foco detectado da doença. Outra portaria do ministério, de 4 de abril estabelece o estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional por 180 dias em virtude da detecção do vírus em aves silvestres.
Até o momento, estão suspensas as exportações de carne de aves e subprodutos do Brasil para China, União Europeia (UE), Argentina Uruguai e Chile. A tendência é que Coreia do Sul, México, África do Sul e Rússia também embarquem compras do produto brasileiro.
Governo de Minas descarta 450 toneladas de ovos e outros materiais
O Governo de Minas informou que, na manhã deste sábado (17), realizou uma reunião emergencial sobre o tema gripe aviária. Conforme o comunicado, foram rastreados ovos férteis trazidos para Minas Gerais a partir de uma granja comercial da cidade Montenegro (RS).
Por esta razão, como medida preventiva, 450 toneladas de ovos fecundados e demais materiais envolvidos serão descartados no Centro-Oeste de Minas – o local da ação não foi divulgado até o momento.
“A iniciativa mostrou-se necessária para manter o controle sanitário, seguindo planos prévios para possíveis ocorrências do tipo, garantindo contenção e erradicação da doença e a manutenção da capacidade produtiva do setor. Todas as medidas que estão sendo tomadas fazem parte do Plano de Contingência da Influenza Aviária de Alta Patoneneidade, firmado entre União, Estados e setor produtivo em 2022, quando surgiu o primeiro foco da doença na América do Sul”, afirmou o Governo de Minas.
O Estado, ainda na publicação, ressaltou que a gripe aviária leva as aves à morte, mas não representa risco para a população por não ser transmissível por meio do consumo da carne ou ovos.
“Cabe ainda explicar que ovos férteis são aqueles usados para fecundação e produção de aves, e não para consumo. O rastreamento de ovos férteis produzidos nessa granja da cidade de Montenegro, Rio Grande do Sul, está sendo finalizado e, portanto, a necessidade de novos descartes de produtos em Minas Gerais ainda pode ocorrer nos próximos dias”, complementou o Estado.
Ainda na publicação, o Governo reformou seguir mobilizado para conter a chegada da doença em Minas, “investindo em políticas de prevenção, rastreio e controle sanitários da Influenza Aviária, além de contato direto com o Ministério da Agricultura e Pecuária. Continuamente, o IMA promove estratégias de vigilância epidemiológica para as doenças avícolas de controle oficial: newcastle, salmonelose e micoplasmose.”
Minas Gerais responde pela segunda maior produção de ovos do país e a quinta maior na produção de galináceos.
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