
A agência de risco Moody’s rebaixou a nota de crédito dos Estados Unidos nesta quinta-feira, após o fechamento dos mercados.
O país perdeu a classificação triple-A, a mais alta da escala.
O principal motivo foi o desequilíbrio fiscal.
Além disso, os déficits persistentes e aumento do custo da dívida comprometeram a avaliação da agência.
Moody’s rebaixa EUA e acende alerta sobre trajetória fiscal
A Moody’s destacou a falha contínua dos governos americanos em conter os gastos obrigatórios.
Apesar de diversas promessas políticas, nenhuma proposta atual apresenta cortes efetivos.
A agência não vê chances de redução significativa no déficit.
Como consequência, rebaixou a nota dos EUA de ‘AAA’ para ‘Aa1’, o segundo nível mais alto em sua escala de 21 posições.
Além disso, a agência prevê que o custo com juros continuará a subir.
A dívida federal, que hoje representa 98% do PIB, pode atingir 134% até 2035.
Para sustentar esse cenário, os juros consumirão cerca de 30% da receita federal, contra 18% em 2024.
Em comparação, países com nota AAA comprometem apenas 1,6% da receita com esse gasto.
Dívida alta e juros pressionam orçamento americano
A Moody’s observou que a economia americana permanece forte.
No entanto, essa força não basta para equilibrar os números fiscais. O déficit federal gira em torno de US$ 2 trilhões por ano — o equivalente a 6% do PIB.
Caso o Congresso renove a Lei de Cortes de Impostos de 2017, os déficits devem crescer em US$ 4 trilhões na próxima década.
Como reflexo da notícia, os Treasuries caíram nos mercados futuros.
O rendimento dos títulos de 10 anos subiu para 4,49%. Já o S&P 500 recuou 0,5% no after market.
Portanto, o rebaixamento reforça a urgência de uma reforma fiscal ampla.
Sem mudanças nas despesas obrigatórias e na arrecadação, os EUA enfrentarão crescentes dificuldades para manter sua credibilidade financeira.
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