O Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, reduzirá seu pessoal “em aproximadamente 10%” nos próximos anos para melhorar a “eficácia” da instituição, anunciou seu presidente, Jerome Powell, em uma nota interna à qual a AFP teve acesso nesta sexta-feira (16).
O anúncio do banco chega em meio à campanha do presidente Donald Trump para reduzir drasticamente o número de funcionários públicos nos Estados Unidos, uma medida conduzida pelo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), dirigido por Elon Musk, o homem mais rico do mundo.
“O Fed tem um excesso de pessoal absurdo”, escreveu Musk nas redes sociais no início deste ano.
O Fed é um órgão que não depende do Congresso para o seu financiamento, e obtém dinheiro dos juros dos títulos e das taxas que cobra dos bancos que supervisiona.
“A experiência aqui e em outros lugares demonstra que é saudável para qualquer organização revisar periodicamente seu quadro de funcionários e sus recursos”, diz Powell aos funcionários na nota interna publicada pela primeira vez pelo canal Bloomberg News.
O plano incluirá um programa de demissão “voluntária” para determinados funcionários do Federal Reserve Board em Washington, explicou.
Este programa “oferecerá novas oportunidades de crescimento profissional a nosso pessoal e a nossos funcionários”, estima.
O Fed empregava 23.950 pessoas em todo o país em 2023, segundo o seu relatório anual mais recente, incluídos 3.000 funcionários no Board, e mais de 20.000 em seus 12 bancos de reserva nos Estados Unidos.
Partindo dessa cifra, um corte de 10% no quadro de funcionários se traduziria em uma redução de algo em torno de 2.400 profissionais.
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