
Os principais bancos no Brasil viram um expressivo aumento em suas linhas de crédito no primeiro trimestre de 2025, apesar do cenário de turbulência exterior e a alta taxa de juros no país. As informações foram compiladas pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e divulgados nesta sexta-feira (16).
O crédito foi importante para os resultados positivos das instituições no trimestre e analistas veem um cenário controlado no curto prazo. Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil (BB) somam um saldo de R$ 4,35 em operação no encerramento de março deste ano.
Os volumes representam um crescimento de 11,9% na base anual. Na comparação trimestral, o estoque de capital dos bancos cresceu apenas 0,3%, primeiro três meses de desempenho mais fraco. A carteira de crédito das companhias cresceu mais que as projeções da Febraban com crescimento de 8,6%.
Itaú, Bradesco, Santander e BB tiveram lucro líquido combinado de R$ 28,2 bilhões no primeiro trimestre, alta de 7,3% em relação ao mesmo período de 2024. O BB divulgou seu balanço e foi a causa de baixa nos resultados combinados, caso apenas fosse considerado os bancos privados, o lucro somado teria crescido 22,6%.
Perspectivas e desafios do setor bancário
Os principais executivos do setor se mostraram otimistas com o desempenho para o resto do ano, durante teleconferência com analistas e jornalistas. Especialistas esperam que a Selic permaneça a 14,75% ao ano, com o crédito em desaceleração e a inadimplência subir um pouco.
No crédito, um fator que pode atenuar a desaceleração é o novo consignado privado. Segundo os dados mais recentes do Ministério do Trabalho, já foram concedidos R$ 10,1 bilhões na modalidade. Segundo informações do jornal Valor Econômico.
O papel do consignado privado
“O consignado privado vai ter um papel importante no mercado e na geração de PIB. Tem desafios operacionais importantes, que já eram esperados, mas é uma iniciativa fantástica, que vemos com bons olhos”, afirmou CEO do Itaú, Milton Maluhy.
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