A Dasa (DASA3), empresa de medicina diagnóstica, reportou prejuízo líquido de R$ 111 milhões no primeiro trimestre de 2025. A companhia reduziu o valor negativo já acumulado um ano antes com cifra de R$ 176 milhões. O balanço foi divulgado nesta quarta-feira (14) e é o último a contabilizar o desempenho da unidade de hospitais da empresa, que foi segregada em uma joint venture com a Amil.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla inglês) consolidado da Dasa entre janeiro e março foi de R$ 708 milhões, com uma alta de 11% na comparação anual. Segundo a administração, foi o melhor resultado para um primeiro trimestre, impulsionado por otimização das operações e controle de despesas administrativas.
A receita líquida consolidada da Dasa fechou o trimestre em R$ 3,826 bilhões, com alta de 3% na comparação anual. A unidade de diagnósticos teve faturamento líquido de R$ 1,921 bilhão no período, avançando 6% em relação ao mesmo período de 2024. O setor de hospitais e oncologia faturou R$ 1,905 bilhão, descontando impostos e deduções, com uma ligeira queda anual de 1%.
Desempenho financeiro detalhado
“Estamos contentes com os rumos da operação. Vínhamos de uma sequência difícil de trimestres com quase quebra de covenants e essa era uma preocupação presente que limitava a tomada de decisões internas e de posicionamento, por exemplo, frente a fontes pagadoras” disse o CEO (presidente- executivo) da Dasa, Lício Cintra.
Cintra deu como exemplo o que classificou como “receitas de baixa qualidade”, da qual faz sentido abrir mão com perspectiva de médio e longo prazo. “Quando você está pressionado pelos covenants (quebra de cláusulas com credores), não pode abrir mão de receita”. As informações foram apuradas pelo portal Bloomberg Línea.
O executivo diz que o primeiro trimestre de 2025 representa um “acerto de contas” em relação ao que foi prometido quando ele assumiu o cargo de CEO, no final de 2023. “ A gente tinha uma pressão descomunal de alavancagem”, comenta Cintra.
Análise da dívida e alavancagem
A dívida líquida financeira, contando com aquisições a pagar e antecipação de recebíveis, fechou o trimestre em R$ 10,551 bilhões. A alavancagem medida pela relação Ebitda e dívida líquida, por sua vez, fechou o período em 4,17 vezes. Ainda assim, houve em redução de quase uma vez (0,9x).
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