
Na avaliação do JPMorgan, o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil será maior do que o projetado anteriormente. Contudo, o país não deve conseguir escapar da inflação elevada.
A economia brasileira deve apresentar melhora em 2025 por conta do agronegócio, que impulsionou as estimativas de crescimento do PIB neste ano, de 1,9% para 2,3%.
A nova projeção supera o consenso do mercado, que sinaliza uma expansão de 2% para o Brasil em 2025.
O cenário atual é mais otimista do que o anterior, que previa uma leve recessão no segundo semestre. Agora, a tendência é de uma desaceleração moderada, com a economia crescendo abaixo do potencial, mas sem retração.
Por outro lado, o JPMorgan segue atento a um dos principais pontos de preocupação no momento: o desequilíbrio nos balanços das empresas privadas no Brasil.
Inflação brasileira em 2026 deve ser maior que o previsto, diz JPMorgan
Se a economia brasileira realmente escapar da recessão, o mesmo não deve ocorrer com a inflação. O banco elevou suas projeções para os preços no país — ao menos para 2026.
A previsão para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) do próximo ano subiu de 3,2% para 3,6%, com o núcleo da inflação — que exclui itens mais voláteis como energia e alimentos — estimado em 3,9%, segundo o Seu Dinheiro.
A desaceleração da economia, somada à política monetária ainda restritiva, deve ajudar no controle dos preços, mas os efeitos serão mais brandos do que o esperado anteriormente, de acordo com o banco.
Para 2025, o JPMorgan manteve a projeção de inflação em 5,5% ao final do ano, considerando que a valorização do real deve compensar parte do impacto de um PIB mais forte no segundo semestre.
FMI: economia global deve escapar de recessão, apesar de tarifas
A economia global deverá evitar um período de recessão, apesar do impacto da guerra comercial no crescimento mundial. A afirmação foi feita pela diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Kristalina Georgieva.
As interrupções no comércio provocadas pelas tarifas, porém, “têm custos” e deverão provocar reduções “significativas” nas perspectivas de crescimento global, ponderou Georgieva durante evento que marca o início das “Reuniões da Primavera”, um encontro de líderes financeiros globais, organizado pelo FMI e pelo Banco Mundial.
O evento se encerra na próxima semana com a publicação do relatório WEO (World Economic Outlook), que trará um panorama do futuro da economia mundial. “Isso é um lembrete de que vivemos em um mundo de mudanças repentinas e profundas”, disse a diretora durante coletiva, de acordo com o Valor. “E é um chamado para responder com sabedoria.”
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